Cidade da Advocacia começa em Porto Alegre celebrando retomada do cais após a enchente
Evento da OAB/RS reúne milhares de profissionais até a próxima sexta nos Cais Mauá e Embarcadero

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Iniciou nesta terça-feira, nos Cais Embarcadero e Mauá, em Porto Alegre, a 3ª Cidade da Advocacia, considerado o maior evento do Direito gaúcho. O destaque de abertura, reunindo centenas de profissionais e estudantes, como tradicionalmente ocorre, foi para o Encontro de Advogados Previdenciaristas, que, neste ano, chegou à sua 12ª edição, e foi realizado no Auditório das Prerrogativas. A Cidade, organizada pela seccional RS da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS), segue com programação até a próxima sexta-feira.
Desde sua estreia, em 2022, a Cidade da Advocacia ocorre na zona portuária da Capital, porém, neste ano, o retorno para uma das áreas mais afetadas pelas enchentes em Porto Alegre forneceu um componente a mais para esta celebração. “Muitos de nós tiveram escritórios e casas alagadas, então este é um momento muito significativo para a advocacia, voltarmos a este local na beira do rio em meio a esta retomada. Isto representa a força que o povo gaúcho tem”, salientou o secretário-geral da Comissão de Seguridade Social (CNSS) da OAB/RS, Marcelo Bittencourt.
Conforme ele, “a advocacia gaúcha está de mãos dadas com a cidadania, tão afetada no período das cheias”. “A área previdenciária também foi bastante afetada, porque trabalhamos com a maioria de pessoas vulneráveis financeiramente, que estão à margem da sociedade. Temos, muitas vezes, este condão de orientar o cidadão na busca de seus direitos, seja um benefício assistencial ou previdenciário mesmo”, comentou.
O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, estava previsto para a abertura, porém precisou ir a Brasília acompanhar as discussões sobre a dívida do Rio Grande do Sul com a União. O vice-presidente da Comissão Nacional de Seguridade Social (CNSS) da Associação Brasileira de Advogados - Região Sul (ABA), Tiago Kidricki, painelista do encontro, disse que o Direito social enfrenta diversos desafios a serem superados depois da tragédia climática.
“No início, fizemos um trabalho junto ao INSS, com reuniões praticamente diárias, para verificação dos problemas existentes no Rio Grande do Sul, entre eles perdas de documentos, e fizemos projetos para acelerar a concessão de benefícios a quem estava necessitado. Ainda persistem alguns decorrentes da enchente, principalmente em agências da Previdência Social, e estamos tentando buscar soluções para que estes bolsões de excluídos não permaneçam, e que as pessoas consigam efetivar seus direitos”, afirmou ele.