Para refletir, apreciar e premiar

Para refletir, apreciar e premiar

Reflexão sobre as mulheres; leituras dramáticas de texto de três décadas e prêmio proporcionado pela Lei Aldir Blanc são destaques da coluna de Luiz Gonzaga Lopes

Espetáculo "Teresinhas", do Meme, que promove o projeto Sobre Mulheres

publicidade

Reflexões femininas
O Meme Incubadora Cultural realiza a partir de quinta, dia 11, 20h, o projeto “Sobre Mulheres”, com reflexão sobre a situação das mulheres na sociedade patriarcal brasileira. Os debates se estendem até março, em encontros transmitidos pelo YouTube. O próximo será no dia 25. Sob coordenação da bailarina e socióloga Fernanda Stein, o projeto abre espaço de escuta à voz das mulheres. Os temas abordam a ancestralidade, o papel da mulher como filha, mãe e avó, os desafios de cada ciclo da vida da mulher, feminismo, mercado de trabalho, militância política, engajamento social, violência de gênero, LGBT + e outros. Ao final de cada roda de conversa, será realizada ação artística de dança, no formato de improviso com uma integrante do Meme Incubadora e uma bailarina do Grupo Meme. Para a estreia, o tema escolhido foi “O Corpo da Mulher e sua Saúde”, em papo com a fisioterapeuta e bailarina Margareth Leyser e a cirurgiã-dentista negra Rose Maria Ferreira, especialista em saúde da família e mestranda em saúde coletiva na Ufrgs.

Um novo "Caminho"
Encenada há três décadas em Porto Alegre e publicada, em 2003, no livro “Cores Banais”, de Nelson Diniz, a peça “O Caminho das Coisas” será matéria-prima para aguardado experimento teatral da temporada pela companhia Incomode-te, que completa 12 anos de trajetória artística. O texto ganhará três novas versões com diferentes elencos em ciclo on-line de leituras dramáticas. A trama leva à cena um casal e a reflexão sobre a dificuldade de superação das inquietações humanas, escuta e falta de identidade. Diálogos serão interpretados por Adriane Azevedo e Sandra Possani (22/2, direção de Liane Venturella); Heinz Limaverde e João Carlos Castanha (29/3, direção de Nelson Diniz); e Arlete Cunha e Sirmar Antunes (26/4, direção de Carlos Ramiro Fensterseifer). Exibições às 19h, no canal do YouTube do grupo www.youtube.com/channel/UCdqEcQnn6L7mvIBOvV2Q1eg. 

Trajetórias
O Prêmio Trajetórias Culturais foi lançado nesta semana pela Secretaria da Cultura (Sedac/RS) e pelo Instituto Trocando Ideia, organização da sociedade civil sem fins lucrativos. É mais um prêmio formalizado por meio de chamada pública e financiado pela Lei Aldir Blanc. O objetivo é facilitar o acesso aos recursos pelo segmento cultural. Pelotense, a mestra griô Sirley Amaro (1935-2020) é a homenageada por ter contribuído com saberes tradicionais, cultura popular e com o programa Cultura Viva, do extinto Ministério da Cultura, ao disseminar e proteger os conhecimentos ancestrais do povo negro do RS. O valor executado é de R$ 12 milhões. Serão premiadas 1,5 mil trajetórias culturais nas nove Regiões Funcionais dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), no valor de R$ 8 mil para cada projeto. 

Cotas
As premiações do Trajetórias Culturais objetivam dar destaque a pessoas que, por meio de movimentos e deslocamentos, construíram um caminho de relevância social, criando, inovando e transformando espaços de atuação, contribuindo para promover a cultura nas suas mais variadas manifestações. A seleção também contemplará pontuação específica para diversidade e pessoa física, com 51% para cotas sociais – autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, ciganos, mulheres trans/travestis, homens trans e Pessoas com Deficiência (PCDs). Serão descontados tributos legais obrigatórios incidentes sobre o valor a ser repassado a todas as pessoas premiadas. As inscrições estarão abertas de 17 de fevereiro a 9 de março pelo premiotrajetoriaculturalrs.com.br. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895