Não uma ficção. Não é um roteiro. Mas a realidade pulsante de um dos maiores gênios da sétima arte. Já está disponível no streaming da Apple TV+ a estreia mundial da série documental “O Lendário Martin Scorsese”, e não há exagero no título, quando o assunto é cinema, Scorsese não é apenas um diretor. É uma revolução.
Com direção de Rebecca Miller, a produção em cinco partes não se contenta em contar a trajetória de um artista. Ela invade os bastidores da mente inquieta que redefiniu o que significa contar histórias nas telonas. Com acesso exclusivo aos arquivos pessoais de Scorsese, a série oferece um mergulho íntimo e inédito na jornada do homem que eternizou a violência poética de “Taxi Driver”, a decadência em câmera lenta de Cassino, o caos sedutor de “O Lobo de Wall Street” e a tragédia histórica de “Assassinos da Lua das Flores”.
Ao longo das décadas, Martin Scorsese foi mais que um contador de histórias: ele foi um cronista da alma humana, um maestro das contradições morais, um explorador do sagrado e do profano. Com olhar obsessivo e técnica irretocável, ele transformou os dilemas humanos em obras-primas. Agora, pela primeira vez, vemos Scorsese como nunca: frágil, genial, questionador, eterno aprendiz da vida e do cinema. O documentário é mais que uma homenagem. É uma aula. Uma confissão. Uma reflexão sobre a arte, a fé, o medo, o vício, a redenção.
E quem nos guia nessa jornada são vozes que conhecem bem o homem por trás das câmeras: De Niro, DiCaprio, Spielberg, Thelma Schoonmaker, Cate Blanchett, Jodie Foster, Paul Schrader, Margot Robbie, Mick Jagger e muitos outros nomes que ajudaram (e foram ajudados) a construir essa lenda.
“O Lendário Martin Scorsese” não é apenas imperdível. É essencial. Em uma era de excesso de conteúdo e escassez de propósito, a série nos lembra por que amamos cinema, e por que alguns cineastas não apenas fazem filmes. Eles escrevem a história da humanidade em 24 quadros por segundo.
