A vitória da América raiz
O resultado da eleição desmoralizou o aparelho midiático inflado de celebridades do mundo artístico montado na imprensa americana pró Kamala Harris
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O governo de Joe Biden foi tão desastrado para os americanos que Donald Trump só precisou buscar o mesmo discurso utilizado na sua eleição em 2016 para vencer neste ano. “Quero recuperar a América, torná-la grande e próspera outra vez e assegurar que sejamos respeitados por nossos aliados e temidos por nossos adversários”, dizia Trump em 2016 e voltou a repetir o seu desejo na campanha para retornar à Casa Branca. O resultado da eleição – bem mais acirrada que a de 2020 quando Trump perdeu para Biden – desmoralizou o aparelho midiático inflado de celebridades do mundo artístico montado na imprensa americana (rádios, tevês e jornais) pró Kamala Harris. Trump, por sua vez, não levou a sério o manancial de narrativas produzido para atingi-lo e ainda faturou prestígio pelo tiro que levou de raspão na orelha. As pesquisas roçavam o absurdo quando mostravam Kamala na frente de Trump em todas elas, mas a hora da verdade estava nas apostas onde Trump liderava os palpites dos jogadores. Em matéria de aposta, o americano joga para ganhar e estes milhões de apostadores cravavam em Trump. É bem provável que nenhum deles foi pesquisado. Se o resultado da eleição tem uma definição bem simples vale dizer que a América raiz derrotou o pântano burocrático de Washington. Ou que a civilização do “american way of life” deu uma rasteira na safada esquerda americana.
Discurso ajustado
Trump não escondeu seu projeto de mandar de volta os imigrantes clandestinos, além de valorizar o envergonhado nacionalismo dos pagadores de impostos. Foi uma troca eleitoral: votem em mim que eu restauro a confiança da família cristã nos inquebrantáveis valores de nossa nação.
As definições editoriais
Sempre foi uma tradição na mídia dos Estados Unidos a definição editorial para um candidato. É claro que houve exageros jamais observados contra Donald Trump. Alguns poderosos veículos chegaram a “virar o fio” defendendo Kamala Harris e bombardeando Trump.
No muro não
O jornal Washington Post, do magnata Jeff Bezos (dono da Amazon) preferiu ficar em cima do muro, sem apoiar qualquer candidatura. Seus milhares de leitores protestaram indignados com a neutralidade do WP.
A resposta dos leitores
A direção do jornal resolveu impedir a publicação de manifestações sobre os dois candidatos. E a resposta veio em forma de cancelamento de mais de 200 mil assinaturas, além do protesto de dezenas de funcionários do WP que criticaram a decisão do conselho editorial do jornal.
Dano colateral (1)
Imagens correram o mundo mostrando os reis da Espanha sendo agredidos em Valência com punhados de lama. Mas o ataque não visava o rei Felipe VI e sua esposa Dona Letízia.
Dano colateral (2)
O alvo da lama da tragédia valenciana era o primeiro-ministro Pedro Sanchez que custou a mandar socorro para os milhares de atingidos pela enchente. O governo espanhol levou uma semana para enviar auxílio e Pedro Sanchez ainda teve a audácia de ironizar a situação: “Querem ajuda? Por que não pedem?”
Dano colateral (3)
Pedro Sanchez ao ver o povo protestando fugiu, mas Felipe VI e a rainha Dona Letízia ficaram com as vítimas, choraram com eles e ouviram seus desabafos. Em troca receberam os pedidos de desculpa pelo dano colateral da lama jogada neles.