Ano Legislativo começa com desafios

Com 37 anos e no segundo mandato, Gabriel Souza (MDB) assumiu o comando da Assembleia. Em sua primeira manifestação como presidente, o emedebista destacou que a vacinação e o enfrentamento da pandemia não são tarefas apenas de governos e agentes políticos, mas da humanidade. Gabriel deu destaque ainda à necessidade de resgate da legitimidade e da representatividade dos poderes da República, especialmente do Legislativo, pela representação direta da descrente população. Apesar da pouca idade, o emedebista tem longa trajetória, percepção política aguçada e é habilidoso. Caberá a ele, assim como seu antecessor, Ernani Polo (PP), comandar o Parlamento em um dos momentos mais atípicos e desafiadores de sua história. Além de a pandemia e seus reflexos em áreas distintas ainda se imporem no cenário, em momento em que os mais otimistas acreditavam que o episódio já estaria encerrado, a pauta no radar do Executivo levará a embates e polêmicas. Ontem, logo após a posse de Gabriel, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou aos líderes das bancadas e dos partidos as prioridades do Piratini na Casa. Entre eles, o novo projeto de Reforma da previdência dos militares e o texto de adequações do Regime de Recuperação Fiscal, em função das alterações promovidas pelo Congresso Nacional em dezembro. O governo também irá alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias reservando recursos para a aquisição de vacinas, caso seja necessário. As pautas e os desafios que terão de ser enfrentados, no entanto, serão bem mais amplos, e envolvem o andamento da vacinação no Estado, a retomada da economia e dos debates sobre a ampliação do papel dos demais poderes no enfrentamento da crise. O tema avançou em 2020, mas não foi encerrado e voltará, assim como a Reforma Tributária e a possibilidade de nova renovação de alíquotas majoradas do ICMS.