Atos pela democracia marcam o dia. Planalto avalia como investida da esquerda e prepara reação

Atos pela democracia marcam o dia. Planalto avalia como investida da esquerda e prepara reação

Carta em defesa da democracia da Fiesp e da USP foi lida em vários estados

Taline Oppitz

Diversos atos em defesa da democracia foram realizados em todo o país

publicidade

Onze de agosto de 2022. Um dia que já tem seu lugar marcado na história do Brasil. Nesta quinta-feira, diversos atos em defesa da democracia foram realizados em todo o país. Entre eles, com leituras de cartas da Fiesp e da USP. Até pouco tempo, seria impensável que o fantasma de uma ameaça a nossa tão nova democracia assombrasse, em pleno 2022, ala considerável da população, que interpreta manifestações do presidente Jair Bolsonaro (PL) como investidas ao Estado Democrático de Direito.

No Palácio Planalto, e entre aliados do presidente, a avaliação é a de que as manifestações têm viés político e representam um movimento exclusivamente de setores da esquerda. Na prática, no entanto, eles foram ecléticos, unindo diversos setores da sociedade, de empregados a empresários, e representantes de instituições completamente distintas. As ações ocorrem a menos de uma semana do início oficial das eleições, que prometem, no mapa nacional, com reflexos nos estados, ser uma das mais polarizadas e bélicas dos últimos tempos.

Paralelamente, além de minimizar os atos, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro preparam a reação. O dia escolhido foi 7 de setembro, que marca a Independência do Brasil. Desde quinta-feira, os atos pela democracia passaram a servir para reforçar a convocação às manifestações do Dia da Independência. Bolsonaro articula para ser o protagonista na data, levando milhares às ruas. A intenção do presidente, porém, tem gerado preocupações no governo em relação à sua segurança. Bolsonaro está sendo orientado por integrantes das Forças Armadas a não participar do ato, em Copacabana, no Rio de Janeiro, devido à ampla exposição que teria. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895