Base se distrai e projeto é adiado na Assembleia do RS

Base se distrai e projeto é adiado na Assembleia do RS

Agora, discussão será retomada só na próxima semana

Taline Oppitz

Líder do governo tentou garantir que a votação ocorresse na quarta-feira

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Integrantes da base aliada se distraíram e não deram presença a tempo para viabilizar a sessão deliberativa desta terça-feira. O governo havia garantido 30 votos de apoio ao projeto de adequação à legislação federal, sobre Teto de Gastos, que permitirá a homologação da adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal. Apesar da contaminação eleitoral do tema, que gerou reviravolta no cenário anterior, o apoio foi conquistado, mas uma distração impediu a comprovação das presenças a tempo. Foram 27, quando o mínimo necessário são 28.

Após discussões e uma sessão tensa, o texto ficou para ser analisado na próxima terça-feira. Mesmo com as novas críticas, de aliados, o desfecho da novela sobre o Regime, que se arrasta há anos, deve acabar confirmado. O ambiente já está preparado em Brasília, como adiantou a coluna, com a definição, pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, que criou em portaria o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Rio Grande do Sul e designou seus integrantes. Segundo o ofício, que entrou em vigor no dia 6 deste mês, o Conselho será composto por Sarah Tarsila Araujo Andreozzi, representante do Ministério da Economia, Paulo Roberto Pinheiro Dias Pereira, do Tribunal de Contas da União, e Paolo Mazzoncini Martinez, representante do Rio Grande do Sul.

O viés eleitoral se deu devido às manifestações dos pré-candidatos ao Piratini, Onyx Lorenzoni (PL), Luis Carlos Heinze (PP) e Beto Albuquerque (PSB), que criticaram duramente a iniciativa, sustentando que ela inviabilizará os próximos governos. Deputados do PP, do PSB e do agora PL, mas que antes atuavam pelo Dem, e que haviam votado favoravelmente os projetos anteriores relativos ao tema, estão em saia justa, mas o governo conta com 30 votos a favor. 

Caminho sem volta

Com a aprovação da proposta relativa ao Regime de Recuperação Fiscal pelo plenário da Assembleia, que permitirá a homologação do contrato do Rio Grande do Sul, a ação originária relativa à dívida com a União será extinta. É um caminho sem volta. 

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