Cautela sobre vacinas segue, apesar do avanço

Cautela sobre vacinas segue, apesar do avanço

Promessa é de início da vacinação em fevereiro

TALINE OPPITZ

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A reunião entre o Fórum de Governadores e Eduardo Pazuello, sobre o papel do Ministro da Saúde na aquisição e distribuição de vacinas contra a Covid-19 no país, pode ser considerada um avanço, mas a cautela ainda impera. Ocorreram momentos de tensão envolvendo o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), considerado adversário número um do presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. As manifestações do tucano incomodaram inclusive outros governadores, entre eles, o gaúcho, Eduardo Leite, companheiro de partido de Dória, que deixou clara a insatisfação com a politização do tema. “Talvez porque de um lado haja comunicação de menos e de outros haja comunicação demais sobre esse tema, que deve ser enfrentado com caráter eminentemente técnico”.

No encontro, Pazuello prometeu o início da campanha de vacinação a partir de meados de fevereiro, priorizando os grupos de risco. Segundo Leite, os governadores pediram ao ministro que comunique com clareza à população toda a estratégia da vacinação, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). Após a reunião, o governador gaúcho reiterou a confiança de que o ministério irá liderar o processo de vacinação. Destacou ainda que enquanto não ocorre a validação das vacinas no Brasil, o Estado já está organizando a estrutura logística e de armazenamento. Com base no histórico de desautorizações de ministros por Bolsonaro, incluindo o próprio Pazuello, Leite, no entanto, não deixou de lado a cautela. “Tenho responsabilidade com 11,5 milhões de gaúchos, e não fugiremos dela. Por isso, paralelamente, iniciamos uma negociação com o Instituto Butantan e encaminhamos expediente manifestando interesse na aquisição de vacinas para os profissionais de saúde do Estado”, disse o governador. 


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