CPI: com governadores, Planalto divide holofotes

CPI: com governadores, Planalto divide holofotes

Objetivo é verificar as informações de investigações e denúncias sobre o destino de recursos liberados pelo governo federal

Taline Oppitz

Além do atual e do ex-ministro da Saúde, nove governadores foram convocados

publicidade

Marcada pela polêmica desde o início, a CPI da Covid, em funcionamento no Senado, aprovou nova convocação de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde – que já testemunhou em dois dias –, do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e também de nove governadores. Wilson Lima, do Amazonas, Helder Barbalho, do Pará, Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, Mauro Carlesse, do Tocantins, Carlos Moisés, de Santa Catarina, Antonio Oliverio Garcia de Almeida, de Roraima, Waldez Góes, do Amapá, Wellington Dias, do Piauí, e Marcos José Rocha dos Santos, de Rondônia. Também foi convocado o ex-governador do Rio Wilson Witzel.

O objetivo, no caso dos agentes estaduais, é o de verificar informações de investigações e denúncias sobre o destino de recursos liberados pelo governo federal aos estados para o combate à pandemia que acabaram desviados ou utilizados para outros fins. A convocação de governadores, incisivamente defendida pelo Planalto e por aliados do presidente Jair Bolsonaro, terá dois reflexos. Primeiro, irá compartilhar os holofotes atualmente voltados apenas para a atuação do governo federal em relação ao enfrentamento da pandemia. O segundo será ampliar a queda de braço político que já marca os trabalhos da comissão desde o princípio.

A atuação de prefeitos que foram alvo de investigações nos estados também contribuirá para o tensionamento dos embates da CPI no campo político. O requerimento que pedia o depoimento do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) foi retirado pois, o tucano não foi alvo da operação policial sobre o tema deflagrada no Rio Grande do Sul. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895