CPI ganha adesão e governo do RS quer plano das empresas de energia

A revolta e indignação de milhares de pessoas que ficaram dezenas de horas sem energia elétrica após o temporal devastador na semana passada parece realmente ter resultado em alguma ação mais firme por parte das autoridades. Otimista, espero que as ações não fiquem somente no discurso. A conferir.

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Efetivamente, na Assembleia Legislativa o movimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pela CEEE Equatorial e a RGE ganhou um fôlego ontem com a adesão de mais quatro deputados da direita, até às 18h30min desta quarta-feira. São eles: Capitão Martim (Republicanos), Rodrigo Lorenzoni, Paparico Bacchi e Kelly Moraes, todos do PL, conforme apurou o repórter Felipe Nabinger. Assim, o pedido, de autoria do deputado Miguel Rossetto (PT), tem 18 das 19 assinaturas necessárias. Isso porque ele já tinha a adesão de todos os integrantes do PT, PSol e PCdoB. O que uniu esquerda e integrantes da direita foi a necessidade de dar uma resposta à sociedade. Basta saber se sairá do papel.

Isso porque, ao mesmo tempo, em outra frente, o governador Eduardo Leite (PSDB), buscou dar uma resposta. Após encontro com representantes da Aneel, Agergs, prefeitos e representantes das concessionárias de energia elétrica, anunciou medidas para mitigar problemas futuros. Projetos de leis serão enviados à Assembleia, como o de reformulação da Agergs (para ampliar a fiscalização) e o de manejo da arborização (ampliar a prevenção). Outra ação será a de elaborar ou revisar os planos de contingência das concessionárias. “É preciso haver uma articulação para superação mais rápida em momentos de crise, porque identificamos que houve dificuldade por parte das empresas do setor para coordenar melhor as ações", afirmou. Agora é preciso garantir que o discurso ocorra na prática, assim como as penalizações. Caso contrário, em breve veremos o mesmo drama se repetir.