Desdobramentos do caso Marielle Franco são esperados
Três homens foram presos como possíveis mandantes, entre eles o ex-chefe da Polícia Civil que atuou nas investigações preliminares do caso
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Em uma operação estrategicamente deflagrada neste domingo, a Polícia Federal prendeu três suspeitos como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. O crime, um dos mais emblemáticos da história política recente, completou seis anos na última semana.
Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio, cuja atuação foi ampla e profunda em instâncias distintas. Também neste domingo, o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo do processo. Nesta segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal manteve a prisão dos três suspeitos.
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O avanço das investigações, estagnadas na esfera estadual, em função de obstruções, ocorreram a partir da subida do processo para o Supremo e da delação premiada do suposto executor dos assassinatos, Ronnie Lessa. Há expectativas de que mais detalhes, deste e de outros crimes, possam vir à tona.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o caso pode ser considerado encerrado, mas não descartou a possibilidade de novos desdobramentos. O caso também expôs ainda mais a crise na segurança no Rio de Janeiro, que desafia governos, evidenciando os tentáculos do crime organizado e das milícias naquele estado.