STF decide por unanimidade manter a prisão de trio suspeito de mandar matar Marielle Franco

STF decide por unanimidade manter a prisão de trio suspeito de mandar matar Marielle Franco

Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram detidos nesse domingo

Correio do Povo

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Por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. Os três foram presos nesse domingo como suspeitos de serem os mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes.

O ministro Alexandre de Moraes apresentou o voto logo depois da 0h desta segunda (25) e foi seguido por Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Apesar de todos os ministros já terem votado, o julgamento será concluído apenas às 23h59 desta segunda. Até lá, os ministros ainda podem mudar de voto.

Espião e promessa

O ex-policial militar Ronnie Lessa, executor da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão infiltraram um miliciano de Rio das Pedras (RJ), uma comunidade pobre da Barra da Tijuca, para monitorar a parlamentar em uma reunião do PSOL.

De acordo com o relatório do ministro, divulgado neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos Brazão colocaram o miliciano Laerte Silva de Lima para levantar informações sobre a atuação de Marielle contra a expansão imobiliária da milícia na Zona Oeste do Rio.

A contrapartida para a proposta dos irmãos Brazão, de matar a vereadora Marielle Franco "em pleno exercício de seu mandato", era um loteamento nas imediações da Rua Comandante Luís Souto, Tanque, Rio de Janeiro. A promessa de recompensa pelo homicídio foi detalhada por Lessa, que ainda apontou à Polícia Federal o "maior atrativo da iniciativa": "a exploração dos serviços típicos de milícia decorrentes da ocupação dos loteamentos, como exploração de "gatonet", gás, transporte alternativo".

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