Eleições 2022: análises distintas sobre papel do PSDB na disputa gaúcha

Eleições 2022: análises distintas sobre papel do PSDB na disputa gaúcha

No RS, Ranolfo defende reeleição e PSDB na majoritária. Em Brasília, possível dobradinha com MDB irá intervir no cenário local

Taline Oppitz

Em possível chapa ao Planalto, Tebet iria como vice de Leite

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O governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) e seu antecessor, Eduardo Leite, que articula para integrar chapa majoritária, em qualquer uma das duas vagas, com a senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB ao Planalto, estão realizando avaliações distintas sobre o papel do partido no mapa eleitoral gaúcho. Em visita ao Correio do Povo nesta terça-feira, Ranolfo defendeu que o PSDB tenha candidatura própria ao Palácio Piratini. Ele justificou a relevância do partido destacando os três comandos dos maiores municípios do Estado e o governo gaúcho, além da ampliação da bancada na Assembleia Legislativa. De acordo com a legislação eleitoral, Ranolfo pode somente concorrer à reeleição, mesmo ficando apenas nove meses na cadeira de governador.

Nacionalmente, no entanto, as articulações estão indo para caminho distinto. Nos encontros entre Leite, Simone Tebet e demais lideranças, entre elas o ex-governador gaúcho Germano Rigotto, que coordena o plano de governo da senadora, as conversas envolvem diretamente o mapa eleitoral no Rio Grande do Sul. Uma das propostas negociadas seria o eventual apoio do PSDB ao MDB na corrida pelo Piratini. A contrapartida seria a dobradinha com Tebet.

O MDB no Estado lançou Gabriel Souza como pré-candidato, mas o vereador Cezar Schirmer, que deixou secretaria estratégica na administração de Sebastião Melo, está no páreo e garante que colocará seu nome à disposição na convenção partidária. Considerando as negociações em nível nacional, a promessa do União Brasil, PSDB, Cidadania e MDB, de anunciarem candidato único ao Planalto em 18 de maio, pode acabar frustrada, ou, em outra hipótese, posteriormente alterada. 

Carta fora do baralho

O ex-juiz Sergio Moro, que recentemente trocou o Podemos pelo União Brasil e está com seu futuro político em suspenso, afirmou, em entrevista ao programa "Agora", da Rádio Guaíba, que seu papel depende da construção que está em andamento junto a outros partidos que visam viabilizar uma terceira via. Na prática, Moro, que está no Estado desde segunda-feira, viu seus índices de intenções de voto despencarem e, por ora, é carta fora do baralho em uma chapa majoritária. 
 


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