Eleições 2022: mais uma tentativa de união

Eleições 2022: mais uma tentativa de união

Visita de ex-presidente ao RS busca amenizar tensão entre siglas

Mauren Xavier (interina)

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A presença do ex-presidente Lula no Rio Grande do Sul, nesta quarta e quinta-feira, vai muito além do que apenas articular a sua pré-campanha para tentar voltar ao Planalto. Como detalhado pela repórter Flavia Bemfica, ele e o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), tentarão resolver divergências entre as siglas, como no caso do PT e PSB. Em outras palavras, vão articular o que até agora se mostrou impossível: viabilizar a tão sonhada frente ampla.

Segundo apurado pela repórter, com exclusividade, as lideranças pretendem reunir sete partidos em um hotel no Centro Histórico de Porto Alegre. Foram convidados representantes das siglas: PT, PCdoB, PV, PSB, PSol, Rede e Solidariedade. O objetivo central é dar liga a uma construção que a cada dia fica mais inevitável: entre PT e PSB. Os partidos estão juntos na formação da chapa presidencial. No RS, porém, aparecem separados.

No Estado, os partidos lançaram os seus pré-candidatos e têm reforçado, a cada dia, a possível “força” de cada um deles. Na prática, ninguém aceita desistir da cabeça de chapa. Enquanto isso, Beto Albuquerque começa a negociar com o PDT, com possibilidade concreta de abrir palanque a Ciro Gomes na eleição presidencial. Além disso, entre os partidos que foram convidados está o PSol, que apresentou o vereador Pedro Ruas como nome para disputa ao Piratini. Independentemente do desfecho da reunião de hoje, confirmadas as presenças, obviamente, as discussões deverão se prolongar, pelo menos, por mais duas semanas, uma vez que os partidos nacionalmente indicaram a data de 15 de junho como prazo final para selar as uniões entre PT e PSB.

Do outro lado do xadrez, as atenções seguem voltadas ao impacto real da visita do ex-presidente, que não vem ao RS desde 2018. As reuniões serão em locais fechados. Além disso, foi cancelada a agenda prevista para quinta-feira em Santa Catarina. 

Em tempo 
O ex-governador Tarso Genro esclareceu que a sua intervenção feita na plenária de Edegar Pretto (PT), no sábado, sobre o “bolsonarismo” nos partidos, que impedia a concretização de uma frente, não se referia a siglas de esquerda ou de centro esquerda do Estado e que “não referiu, em nenhum momento, às siglas do PSB e do PDT, direta ou indiretamente”. 


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