Eleições 2022: tempo é inimigo dos partidos

Eleições 2022: tempo é inimigo dos partidos

Mapa eleitoral incerto reflete em candidaturas nos estados

Taline Oppitz

Urna eletrônica para as eleições

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Apesar da polarização crescente entre as pré-candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, e do ex-presidente Lula (PT), que tenta voltar ao Planalto, o mapa eleitoral nacional segue com diversas lacunas que têm reflexos diretos nos estados. A pulverização de pré-candidaturas na corrida presidencial, mas ainda sem alianças completamente fechadas e sem vices indicados, se reproduz nos tabuleiros eleitorais. E o tempo segue passando e o calendário se aproximando.

O período das convenções partidárias, em que as candidaturas majoritárias e proporcionais são confirmadas, segundo a legislação eleitoral, ocorre de 20 de julho a 5 de agosto. A campanha oficial começa em 16 de agosto e termina em 1º de outubro. O tempo, portanto, não será inimigo de partidos e candidatos apenas agora, durante as definições, mas também com o início das eleições. Em função das modificações nas regras eleitorais, são apenas 45 dias de campanha na busca pelos votos dos eleitores, um desafio extra, especialmente para candidatos menos conhecidos, que não figuram tradicionalmente nas vitrines da política, sejam eles proporcionais ou majoritários. As redes sociais são uma ferramenta à parte, que mais uma vez poderão fazer diferença no desempenho eleitoral dos que disputam cargos executivos e legislativos. Simultaneamente, também representarão, assim como em disputas anteriores, um enorme desafio para a fiscalização das instâncias responsáveis.

Enquanto o relógio corre, Bolsonaro e Lula tentam fortalecer suas parcerias, partidos como o MDB e o PSDB se esforçam para resolver o imbróglio em torno da terceira via, partidos de esquerda seguem sonhando com a formação da improvável Frente Ampla, e os de direita e de centro têm expectativas de viabilizar uma redução na pulverização de pré-candidaturas. 


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