Após meses de articulações que visavam a fusão do PSDB com o PSD, que incluíram o MDB, e acabaram naufragando, avançam as negociações com o Podemos e com o Solidariedade. O cenário foi detalhado pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, a dirigentes estaduais tucanos, na sexta-feira.
“Consideramos que o PSDB é necessário, como alternativa de centro democrático e pelos muitos serviços prestados ao país. Por isso, estamos lutando pela sobrevivência do PSDB”, disse a presidente estadual do partido, Paula Mascarenhas, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
Paula afirmou que o PSDB não pode se eximir de erros e culpas, mas, segundo ela, o partido também foi vítima da polarização extremada, que levou ao inegável encolhimento expressivo do partido nacionalmente.
Ao comentar o papel de Eduardo Leite na disputa à presidência da República em 2026, a dirigente defendeu que a pré-candidatura está posta e vem sendo debatida com os partidos que devem integrar a fusão. Paula destacou, porém, que “a prioridade do PSDB é a luta pela sobrevivência, não a candidatura de Leite”.
Apesar das dificuldades, ela acredita que há margem para uma candidatura que represente uma alternativa à polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) junto a uma parcela do eleitorado brasileiro. “As pessoas estão mostrando cansaço com a polarização. O anti voto, o voto contra, e não a favor de um nome e de um programa, não traz benefícios. Precisamos resgatar a política com diálogo. Além de esperança e expectativa de que há espaço para isso, o PSDB tem obrigação de apresentar uma alternativa ao país”, disse.
Sobre a disputa ao Piratini, Paula afirmou que a prioridade de Leite é fazer seu sucessor e garantir a continuidade do governo. “Ainda não discutimos essa pauta, mas Gabriel Souza é um parceiro leal, que conhece as demandas, as pautas e o governo. Ele pode ser nosso candidato. Mas isso ainda será debatido. O projeto precisa vir antes dos nomes”, disse.