Fusão entre PP e União Brasil engatinha, mas encontra barreiras

Fusão entre PP e União Brasil engatinha, mas encontra barreiras

Além das resistências em alguns estados, há disputa pela liderança da sigla

Taline Oppitz

Luciano Bivar (a esquerda) e Arthur Lira (a direita) desejam presidir a nova sigla

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A s fusões e federações têm movimentando o cenário em Brasília. Considerada certa até recentemente, a fusão entre o União Brasil e o PP, que já contava até com nome do novo partido, o União Progressista, enfrenta obstáculos. Apesar de cerca de 60% da bancada na Câmara dos Deputados ser favorável à iniciativa, o cenário é distinto em diversos estados.

Entre eles, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Em ambos, o União Brasil tem minoria de representação e o temor é o de perder protagonismo e espaço político. Outra questão que atrapalha os avanços nas negociações é a posição do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, que reivindica a permanência no comando, no caso, do novo partido.

Os movimentos de Bivar, no entanto, esbarram em uma liderança de peso: Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. A fusão foi tratada em reunião na última semana. Um novo encontro está marcado para a próxima quarta-feira. O União Brasil conta com 59 parlamentares e se classifica como independente, apesar do apoio de deputados do Norte e Nordeste ao governo Lula

Na reunião desta semana, o União irá definir suas regras e reivindicações em relação ao estatuto do novo partido. Se o PP irá aceitar é outra história. Os cenários nos municípios deixam a costura política ainda mais complexa. “Em alguns locais, oficiaremos em muita desvantagem considerando a representação progressista e isto terá de ser compensado para que a parceria avance”, disse o presidente estadual do União Brasil, Luiz Carlos Busato, à coluna.


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