Governo do RS: Transição e ampliação da base

O governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), voltou ao front após alguns dias de descanso. Apesar de uma viagem para participar de curso de administração pública na Inglaterra, onde Leite irá acompanhado de seu vice, Gabriel Souza (MDB), a transição por aqui deve ganhar outro ritmo. Os dois embarcam nesta quarta-feira e retornam no domingo. Nesta segunda-feira, com a presença de Leite, foi realizado seminário sobre o setor da educação, considerado a principal prioridade da gestão que começa em 1º de janeiro.

Paralelamente às discussões da transição, nos bastidores, têm avançado reuniões de cunho político com lideranças e partidos que visam fortalecer a futura base aliada na Assembleia, bem menos numerosa, pelo menos por ora, do que a que o tucano contou no primeiro mandato. Uma das reuniões neste sentido ocorreu nesta segunda-feira, com a bancada do PP, que elegeu sete deputados.

No primeiro turno, o PP lançou o senador Luis Carlos Heinze como candidato ao Piratini. No segundo turno, apesar da indicação pelo apoio ao então candidato do PL, Onyx Lorenzoni, o PP se dividiu entre o ex-ministro e Leite. A atuação do partido no primeiro mandato do tucano foi decisiva. Além de cargos estratégicos, progressistas foram responsáveis, a maior parte do tempo, pela articulação política do governo, com Otomar Vivian na chefia da Casa Civil e Frederico Antunes na liderança do Executivo na Assembleia. A tendência é a de que o apoio do PP, que se tornaria, então, salvo dissidências, a maior bancada da base, possa ser confirmado nos próximos dias.

As negociações acontecem também com outros partidos. O foco é garantir, pelo menos, apoio necessário no caso de aprovação de PECs, que é de 33 votos.