Hino promete maior polêmica na Assembleia do RS

Hino promete maior polêmica na Assembleia do RS

PEC que impende alteração em símbolos do Estado já tramita na CCJ. Deputados contrários articulam medidas

Taline Oppitz

Mesmo com as críticas da oposição, o projeto de lei complementar não deve ter dificuldade para ser aprovado em plenário

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Os projetos do governo gaúcho, como o de reajuste do magistério, em 9,46%, prometem gerar polêmica no plenário da Assembleia. A maior delas neste primeiro semestre, no entanto, ao que tudo indica, será a que envolve a possibilidade de alteração de um trecho do Hino Rio-grandense. Especificamente o que diz: “povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”.

Deputados de partidos como o PSol e o PT estavam articulando proposta para a alteração do hino. Um dos mais críticos é Matheus Gomes, que já trabalha com a pauta desde que era vereador em Porto Alegre. Atualmente, para que uma mudança do hino ou da bandeira, por exemplo, emplaque, basta quórum simples no plenário da Assembleia, o que representa a maioria presente.

O movimento da esquerda, no entanto, gerou rápida reação. Rodrigo Lorenzoni (PL) conseguiu as 19 assinaturas necessárias e protocolou a PEC que institui proteção e imutabilidade dos símbolos do Estado. O texto está na Comissão de Constituição e Justiça. Segundo ele, a intenção não é impedir mudanças, mas ampliar o debate envolvendo mais atores políticos e a sociedade.

Matheus Gomes sustenta que a apresentação da PEC irá proporcionar a discussão necessária sobre o tema. “A proposta do Lorenzoni é sem precedentes e inconstitucional, mas iremos usá-la para ampliar as discussões e o envolvimento da sociedade e movimentos que defendem a causa. Não temos pressa”, disse Matheus Gomes à coluna. 


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