Inteligência artificial: Seremos todos substituíveis?

Inteligência artificial: Seremos todos substituíveis?

Nesta semana, projeto do vereador de Porto Alegre Ramiro Rosário (PSDB), redigido por inteligência artificial, foi sancionado pelo prefeito Sebastião Melo (MDB)

Taline Oppitz

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Os benefícios, os perigos e os riscos da inteligência artificial, levantados inclusive por especialistas na área, estão cada vez mais em pauta mundialmente, apesar de ainda estarmos tateando no assunto. Decisões judiciais já foram geradas no Brasil com o uso da IA, o que levou à adoção de medidas pelo Conselho Nacional de Justiça.

O uso limitado da tecnologia foi regulamentado pela instância em 2020. Adolescentes estão respondendo, criminalmente, pelo uso da ferramenta para produzir fotos falsas de colegas apresentando nudez, no Rio de Janeiro. O caso, inclusive, levou a deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna (PSol) a protocolar, nesta semana, na Câmara, projeto que visa coibir a produção de fake nudes a partir de inteligência artificial.

Nesta semana, o desfecho de mais uma atuação da IA foi conhecido, a partir de iniciativa do vereador de Porto Alegre Ramiro Rosário (PSDB). O tucano protocolou projeto que passou pelas instâncias da Câmara, foi aprovado em plenário e sancionado. Detalhe: o texto, que agora é lei, isenta a população de pagar por um novo medidor de consumo de água em casos de furto, criado por meio de inteligência artificial.

O vereador deu orientações para a ferramenta que, em segundos, apresentou um projeto com oito artigos e justificativa. A proposta avançou, sem problemas e sem levantar suspeitas. Segundo Rosário, a ferramenta pode auxiliar câmaras de municípios, especialmente os pequenos, a elaborarem projetos melhores e levando à economia de recursos.

Avaliando os riscos de utilização da IA, Rosário afirmou à coluna: “De forma alguma. Arriscado também pode ser termos projetos que saiam da cabeça de parlamentares mal-intencionados. Não é incomum termos projetos de lei que são copia e cola de outras cidades ou até mesmo enviados por entidades, sindicatos e afins”.


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