Justiça indefere recurso da prefeitura de Porto Alegre para declarar greve na educação ilegal

Justiça indefere recurso da prefeitura de Porto Alegre para declarar greve na educação ilegal

Melo falará às 11h, e deve anunciar alternativa com contratos junto à rede privada

TALINE OPPITZ

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A Justiça indeferiu pedido da prefeitura de Porto Alegre que visava declarar ilegal a greve dos professores do município, deflagrada hoje. A decisão, que saiu durante a madrugada, é do desembargador Eduardo Delgado. Na decisão, o desembargador citou que está em andamento uma tentativa de entendimento por meio do do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Porto Alegre.

Já foram realizadas duas reuniões até agora. Sem sucesso. Um terceiro econtro está marcado. Delgado cita ainda que "frente a magnitude do direito de greve, especialmente na vigência do estado de emergência, decorrente da pandemia do COVID-19; ou mesmo da busca de conforto legal, seja através de iniciativa política no Parlamento; ou mesmo de consenso prévio na via administrativa. Neste contexto, pelo menos por ora, não evidenciada de forma cabal a mencionada ilegalidade do movimento paredista, tampouco o risco ao resultado útil do processo, haja vista o conhecimento por parte do município autor, ao menos desde a convocação da assembleia específica".

Segundo o procurador-Geral do Município, Roberto Silva da Rocha, ainda está sob análise a possibilidade de recurso. Um dos temas que torna o episódio ainda mais complexo, inclusive para efetuar o corte do ponto dos grevistas, de acordo com ele, será a alegação dos servidores de que o trabalho remoto segue ocorrendo e que a greve se dá apenas em relação às aulas presenciais. A pauta será abordada pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) em live, às 11h. Na última semana, no entanto, Melo já havia afirmado que a ordem para os diretores era a de abrir as escolas e que, caso fosse desobedecida, a prefeitura recorreria à contratação de vagas, ou professores, da rede privada para garantir as aulas presenciais. 


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