Leite terá desafio duplo na presidência do PSDB

Leite terá desafio duplo na presidência do PSDB

Tucano deverá equilibrar o comando do governo do Estado e um partido que se transformou em nanico

Taline Oppitz

No seminário desta quarta-feira, Leite deu início a uma nova etapa das negociações

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O seminário da transição do governo gaúcho, realizado nesta quarta-feira, dá início a uma nova etapa das negociações e articulações envolvendo a formatação e a composição da futura administração. Governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB) afirmou que uma transição transparente e democrática é direito da sociedade. “Hoje fizemos o Seminário de Transição em que apresentamos as colaborações dos partidos que irão nos ajudar a governar nos próximos quatro anos. Orgulho do que fizemos até aqui”, escreveu o tucano nas redes sociais.

Horas depois, também pela Internet, Leite anunciou que aceitou o convite para comandar o PSDB nacional a partir de janeiro de 2023. Leite disse considerar importante a recuperação da força de um centro político com agenda capaz de conciliar a urgência de políticas sociais, que promovam a igualdade de oportunidades, com responsabilidade fiscal e modernização da máquina pública.

Ao aceitar a presidência do PSDB nacional, o tucano terá desafio duplo pela frente. Comandar o Rio Grande do Sul, como o primeiro governador reeleito, o que ampliará suas responsabilidades e as cobranças e, simultaneamente, tentar retomar a importância de seu partido, que de protagonista no cenário nacional, em poucos anos, se transformou em um nanico. Consciente das cobranças que virão, Leite afirmou que aceitou o convite em condição e formato que não prejudiquem a atuação que os gaúchos esperam dele como governador, “o que é absoluta prioridade”. Neste cenário, o vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB), que nunca foi e nem tem perfil para ser coadjuvante, deve ter seu papel ampliado na gestão.


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