Novo: mudanças deflagram críticas

Novo: mudanças deflagram críticas

Modificações no estatuto incluem a utilização de verbas públicas e a possibilidade de coligação com outras siglas

Taline Oppitz

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Após uma série de crises, a reinvenção do partido Novo, como antecipado pela coluna, passará por diversas modificações. As mudanças mal foram aprovadas em convenção na terça-feira à noite e já deflagraram críticas, especialmente de filiados. Entre as chamadas inovações, estão a utilização dos rendimentos do Fundo Partidário, recebido há sete anos pelo partido, mas para casos específicos, e a possibilidade de realização de coligações. Ambos os casos, antes eram proibidos pelo Novo.

Segundo Ricardo Jobim, que concorreu pela sigla ao governo do Estado nas últimas eleições, e que está participando das reuniões com lideranças, convencionais e dirigentes, o Novo nasceu da união de pessoas não vinculadas à política, o que acabou levando o partido a equívocos. “O jogo político é difícil. Fomos aprendendo aos poucos e agora estamos mais maduros”, disse Jobim em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

A cúpula nacional do Novo fez manifestação para justificar as mudanças já definidas e as que devem vir pela frente. “É hora de encarar estes desafios estatutários e de governança. Em 2020, o partido optou por restringir sua expansão e lançar candidatos num pequeno número de cidades. Essa estratégia se mostrou um erro grave, que nos custou muito caro”, diz trecho do texto.

A partir de agora, o Novo trabalhará para lançar candidatos em centenas de cidades pelo país, não apenas nas com mais de 200 mil habitantes, como foi anteriormente. Justamente para “implementar as mudanças de que necessitamos e para crescer, nosso orçamento de 2023 prevê a utilização dos recursos provenientes dos rendimentos do Fundo Partidário para complementar a receita das doações de filiados”, sustenta outra parte da nota. A medida foi aprovada por 85% dos integrantes na Convenção Nacional realizada na terça-feira. 


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