O desafio de Sebastião Melo no transporte coletivo

O desafio de Sebastião Melo no transporte coletivo

Tema tradicionalmente polêmico ganhou nova dimensão com a pandemia

TALINE OPPITZ

Segundo Melo, a taxação dos aplicativos de transporte não é uma opção

publicidade

São diversos os desafios de Sebastião Melo (MDB) à frente da prefeitura de Porto Alegre. E o transporte coletivo da cidade se impõe como um dos mais complexos e urgentes. O tema gera polêmicas e discussões anualmente, mas desta vez, em função do cenário da pandemia, que atingiu em cheio as empresas do setor e também os usuários, o cenário se tornou ainda mais complicado. As alternativas possíveis no curto prazo estão em discussão. O prefeito, no entanto, já deixou clara  a iniciativa que  está descartada: a taxação dos aplicativos de transporte individual para garantir o subsídio da tarifa. “Antes da pandemia o sistema colapsou. A perda de passageiros vai ladeira abaixo, por várias razões. E não é por má razão: o sujeito que tem dinheiro para pagar um Uber, eu tenho que aplaudir ele. Não tem que olhar o lado ruim. E eu não vou taxar aplicativos para botar em transporte. Sepulta isso, pois não transita no governo, não passa no Paço Municipal. As alternativas são outras”, disse Melo, em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba.

Entre as saídas elencadas pelo emedebista estão a unificação entre as linhas de ônibus e de lotações, a redução da tarifa, para que o aumento no número de usuários compense a diminuição da margem de lucro e que as linhas intermunicipais sejam autorizadas a atender trechos urbanos. “Eu não preciso ter carros com 50 lugares em todos os horários. Tem horários e locais da cidade que não têm passageiros para carros grandes. Eu tenho que analisar a possibilidade de integrar o sistema metropolitano: temos ônibus que passam pela Assis Brasil, pela Baltazar de Oliveira Garcia, na Farrapos e não podem pegar passageiros porque só podem pegar da cidade deles. Esse sistema está falido”, defendeu Melo. Nenhuma das alternativas citadas, porém,  é fácil de ser implementada e todas dependem de fatores e protagonistas externos, que saem do campo de decisão exclusiva da prefeitura. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895