Polêmica do passaporte vacinal na Câmara pode acabar no plenário
Discussão voltou aos holofotes após requerimento solicitando que apenas vereadores vacinados possam ingressar no plenário
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O tema do passaporte vacinal, que estabelece a necessidade de apresentação da carteira de vacinação contra a Covid-19 para o acesso a locais com público, voltou com força à pauta da Câmara de Porto Alegre. E o clima é de embate, pois o assunto não é restrito apenas a questões sanitárias e tem forte viés político como pano de fundo. A pauta foi debatida em reunião de líderes, mas em função do tensionamento será levada para decisão da mesa diretora na próxima semana. Caso o impasse permaneça, o desfecho pode acabar no plenário.
No encontro, Mônica Leal (PP), que defende a medida, afirmou estar recebendo ameaças por telefone. Segundo ela, seu número foi compartilhado por colegas da Casa. O assunto já havia gerado polêmica em julho, quando após manifestação da Secretaria da Saúde, a prefeitura divulgou nota sustentando que não haveria a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para garantir o acesso em locais com público. Na Câmara, há projetos sobre o passaporte vacinal, entre eles um de autoria de Leonel Radde (PT), que chegou a começar a ser discutido mas acabou adiado.
Agora, a discussão voltou aos holofotes devido a requerimento apresentado recentemente por Laura Sito (PT), solicitando que apenas vereadores vacinados, pelo menos com a primeira dose, possam ingressar no plenário. Os que não quiserem se vacinar participariam das discussões de forma virtual, já que a Casa está funcionando de forma híbrida. O requerimento foi protocolado após discussão em plenário do projeto de Radde, no qual a vereadora Fernanda Barth (PRTB) afirmou que não iria se vacinar, pois teve Covid e está imunizada. Ela sustentou ainda que as vacinas são experimentais e que a Coronavac é “quase um placebo”.