Polarização se fortalece enquanto terceira via tenta se viabilizar

Polarização se fortalece enquanto terceira via tenta se viabilizar

Nome para unir partidos será anunciado em 18 de maio

TALINE OPPITZ

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A um mês da data estipulada pelo PSDB, que está em federação com o Cidadania, MDB e União Brasil para o anúncio de candidato único ao Planalto, a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) está cada vez mais forte. Os partidos, que tentam viabilizar a chamada terceira via, avançam nas articulações que têm, por ora, como principal obstáculo, a insistência do ex-governador de São Paulo João Doria, em permanecer no páreo.

Vencedor das prévias do partido, Doria foi perdendo o apoio de aliados em função da avaliação de que não há margem para seu crescimento na corrida pela sucessão presidencial em função de seus altos índices de rejeição identificados nas pesquisas de intenções de voto. Com o cenário, a pré-candidatura de Doria subiu no telhado e dirigentes do PSDB, União Brasil e MDB passaram a trabalhar para emplacar a dobradinha entre a senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB e de Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao governo gaúcho para se manter disponível eleitoralmente. Na sexta-feira, o clima bélico no ninho tucano ficou ainda mais explícito com a nota divulgada pela assessoria de Doria, que anunciou a substituição do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, do comando de sua pré-campanha, pelo presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi. O movimento foi ironizado por Araújo nas redes sociais e isolou Doria ainda mais.

A próxima jogada agora deve ser realizada pelos dirigentes que trabalham pela aliança ainda no primeiro turno da disputa. Não há dúvidas de que Doria não conseguirá se sustentar. Resta saber de que forma cairá. Em silêncio ou atirando, o que é mais provável, considerando seu perfil.  

 


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