Apesar de certa cautela ainda estar presente no cenário, é crescente o tensionamento entre atores envolvidos no desafiador processo de reconstrução do Rio Grande do Sul. A avaliação entre lideranças do governo do Estado, aliados, ala de prefeitos e representantes de entidades empresariais é que os sucessivos anúncios do governo federal, realizados com pompa e circunstância, para ampliar os holofotes, têm sido marcados por vieses políticos e eleitorais.
O argumento é que são bilhões anunciados, mas que apenas parte dos recursos, minoritária, representa dinheiro novo. O restante do montante seria relativo a empréstimos e antecipações de valores. Medidas, portanto, insuficientes para fazer frente às catástrofes humanitária e econômica enfrentadas pelo Estado.
Nesta segunda-feira, o ministro de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, apresentará, às 9h, o chamado sistema de dados abertos do ministério, com a promessa de informações detalhadas sobre investimentos, transferências e liberações de crédito ao Estado.
O movimento pode minimizar ou garantir ainda mais fôlego às críticas. A ver. Folhas ficarão em risco
A análise ainda está restrita aos bastidores, mas lideranças já comentam que sem auxílio para garantir fôlego às receitas municipais, diante do tombo na arrecadação do Estado, folhas dos servidores estarão em risco a partir de outubro. Não por acaso, o mês das eleições.
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