RRF vira dor de cabeça do governador Eduardo Leite e volta à pauta com ministro Haddad
Eduardo Leite reforçou a necessidade de alteração nos encargos da dívida dos estados com a União, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
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A novela em torno do Regime de Recuperação Fiscal, que chegou a ser dada como encerrada com a adesão do Rio Grande do Sul, em junho de 2022, ganhou novos capítulos. Apontado como a salvação da lavoura, o RRF passou a ser dor de cabeça em função dos termos do contrato e de alterações no cenário econômico. Já são meses de negociações visando mudanças.
Nesta quinta-feira, em audiência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Eduardo Leite reforçou a necessidade de alteração nos encargos da dívida dos estados com a União. “Os juros fazem o estoque saltar a cada ano, tornando a dívida impagável. Nosso pleito é substituir a indexação pelo IPCA e Selic por juro nominal de 3% ao ano”, disse. O tucano abordou ainda a necessidade de ajustes no regramento do teto de gastos. Haddad prometeu que será realizada outra reunião, até o fim do mês, para tratar da pauta.
A expectativa é a de que o ministro, no próximo encontro, apresente pelo menos uma minuta de proposta aos estados. A conversa que virá contará ainda com as presenças de representantes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo. A mesma sinalização dada por Haddad foi feita pelo presidente Lula, na quarta-feira, em reunião com o governador de Minas, Romeu Zema (Novo).
Em tempo: Leite defendeu a importância dos ajustes na dívida em conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que se comprometeu a acompanhar.