Sandro Caron deixará o comando da secretaria estadual da Segurança Pública para atuar na iniciativa privada, em São Paulo. Ele deve assumir o novo cargo em novembro. O nome da empresa, que está se estruturando no Brasil, ainda não pode ser divulgado. O adjunto Mario Ikeda está entre os cotados para assumir a titularidade da secretaria. A definição do governador Eduardo Leite (PSD), sobre a sucessão de Caron, ocorrerá em curto prazo.
Caron deixará o comando da Segurança Pública em meio a sucessão de quedas de indicadores, cenário que confirma o êxito do programa RS Seguro, que engloba a integração entre as polícias, ações preventivas e medidas repressivas.
Entre as medidas do governo estão ainda maior presença da Brigada Militar nas ruas, aquisição de novas viaturas e equipamentos de comunicação, e ações de inteligência nos locais de maior circulação de pessoas.
A área da Segurança Pública tem sido uma das principais vitrines do governo exploradas por Leite, especialmente em eventos nacionais, visando viabilizar a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 apontou o Rio Grande do Sul como o Estado que teve a maior queda em roubos a pedestres no ano passado. O crime, um dos que mais tem ligação com a sensação de segurança da população, apresentou redução de 45,9% na taxa de ocorrências por 100 mil habitantes.
Conforme o Anuário, em 2023 o Estado contabilizou a taxa de 198,1 casos a cada 100 mil habitantes. Já em 2024, foram 107,2 por 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o índice chegou a 155,2 casos por 100 mil habitantes em 2024 (no ano anterior, a taxa era de 200,6).
Segundo dados do Observatório Estadual da Segurança Pública (Oesp), o mês de setembro contabilizou os menores índices de crimes violentos letais e intencionais (CVLI) da série, que começou a ser medida em 2010. Foram 86 mortes, que representa uma queda de 50% nos delitos em relação a setembro de 2024, que havia terminado com 173 registros. Os homicídios dolosos totalizaram 72 casos, isto é, uma queda de 50% em comparação a setembro do ano passado, quando foram registrados 145 óbitos.
