Semana decisiva para o MDB e PSDB

Semana decisiva para o MDB e PSDB

Tucanos devem decidir na quinta-feira se firmam aliança com emedebistas. Decisão irá impactar articulações locais

Taline Oppitz

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A novela envolvendo a aliança entre o MDB e o PSDB nacionalmente pode estar perto do fim. A cúpula tucana anunciou que nesta quinta-feira a executiva ampliada irá se reunir para decidir o caminho que adotará na corrida presidencial. São duas alternativas: apoiar a pré-candidata do MDB, senadora Simone Tebet, indicando o vice, ou lançar representante próprio.

O desfecho está na dependência da resposta do MDB sobre a exigência de reciprocidade no apoio em estados como o Rio Grande do Sul. Mato Grosso e Pernambuco também foram citados, mas é a situação em solo gaúcho a que de fato interessa aos tucanos.

O MDB lançou o deputado estadual Gabriel Souza ao Piratini e, por ora, não fez movimento público sobre a possibilidade de recuo. Tebet viria ao Rio Grande do Sul para tratar pessoalmente do impasse na última semana, mas a viagem acabou cancelada em função do falecimento de seu sogro.

Atuando apenas nos bastidores, após ter se exposto demasiadamente, o ex-governador Eduardo Leite é um dos protagonistas, uma espécie de curinga, nas negociações. Caso o MDB abra mão da pré-candidatura de Gabriel, Leite poderá descumprir promessa de campanha sustentada durante toda sua gestão e disputar o governo gaúcho mais uma vez, com o reforço dos emedebistas. Se o MDB decidir manter Gabriel na disputa, o PSDB pode optar pela candidatura própria ao Planalto, com Leite como representante.

A demora na definição nacional está atrasando e comprometendo as articulações dos partidos no Rio Grande do Sul visando o reforço de suas chapas com a formação de alianças. Independentemente do desfecho no tabuleiro nacional, lideranças e dirigentes terão de entrar em campo posteriormente para aparar as arestas que resultarão do processo.


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