Trabalhos no plenário da Assembleia Legislativa do RS engatinham
Desde o início do ano, apenas um veto passou pelo aval dos deputados
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A reunião de líderes da Assembleia, que ocorre todas às terças-feiras, não teve quórum necessário. Assim, automaticamente, foi incluída para votação na sessão da próxima semana uma única matéria. O texto trata da criação de comissão especial para discutir o papel das universidades comunitárias no Rio Grande do Sul e da facilitação do acesso ao ensino superior.
Nessa terça-feira, também não ocorreram votações na sessão plenária devido à falta de propostas aptas para avaliação. Pela manhã, na Comissão de Constituição e Justiça, que conta com número recorde de projetos, 123 textos foram encaminhados para relatoria. Na semana passada, o colegiado distribuiu outras 100 matérias. Até aqui, desde o início da nova legislatura, em 31 de janeiro, apenas um veto passou pelo aval dos deputados.
Considerando o cenário, a próxima votação já começará com polêmica, na análise do projeto, de autoria do governo, de reajuste do piso do magistério, no dia 4. Apesar de movimentos da esquerda para ampliar o índice de 9,45% para 14,95%, a matéria original acabará aprovada sem maiores dificuldades, mas não sem antes ocorrer revezamento na tribuna com críticas ao Executivo. Tudo dentro do jogo político.
A aprovação do piso, mesmo com a negativa da categoria e das investidas da oposição, no entanto, não representa que a vida do governador Eduardo Leite (PSDB) será fácil na Assembleia. Em seu segundo mandato no Piratini, Leite tem as responsabilidades ampliadas, assim como as expectativas. O tucano precisa agora entregar, após as reformas promovidas na primeira administração, mas dependendo de uma base aliada matematicamente bem inferior. Além disso, os planos nacionais de Leite, envolvendo 2026, dependerão do desempenho de sua gestão.