Uma pedra no meio do caminho do PDT

Uma pedra no meio do caminho do PDT

Partido está divido quanto a possível indicação de Romildo Bolzan Júnior, principal cotado para o Piratini

Taline Oppitz

Para concorrer, Bolzan precisa deixar a presidência do time pelo menos seis meses antes do fim do seu mandato em dezembro de 2022

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O desempenho do Grêmio, ainda de forma prévia, começou a gerar sinal de alerta entre alas de trabalhistas. Apesar das negativas públicas, o presidente do tricolor, Romildo Bolzan Júnior, é classificado com os planos A, B, e C do PDT para a disputa ao Piratini em 2022. Enquanto alguns dirigentes e lideranças do partido acreditam que o Grêmio não cairá para a segunda divisão, e, que, mesmo que seja rebaixado, o episódio não terá reflexos políticos no desempenho eleitoral de Bolzan ao governo gaúcho, outros estão mais receosos com os reflexos de uma eventual ida do clube para a segunda divisão.

O mandato de Bolzan no comando do Grêmio termina em dezembro do ano que vem. Para concorrer ao governo gaúcho, ele precisa deixar o cargo pelo menos seis meses antes. A ordem, por ora, é cautela, já que estamos a pouco menos de um ano das eleições. No cenário de articulações e negociações, que já ocorrem nos bastidores, indefinições, especialmente sobre alianças, se impõem. Os mapas nos estados são vinculados ao tabuleiro que irá se estabelecer nacionalmente.

Segundo o vice-presidente nacional do PDT para a região Sul, deputado federal Pompeo de Mattos, que está focado na sucessão presidencial, não há chances de o PDT, que tem Ciro Gomes como pré-candidato ao Planalto, topar qualquer tipo de aproximação com o PT de Lula. “Somos diferentes do PT em muitos aspectos. Até temos pautas comuns, mas projetos diferentes para o país”, disse o trabalhista à coluna.

Já em relação ao PSB, a situação é distinta. O governador Flávio Dino, que deixou o PCdoB e ingressou recentemente ao partido, é um dos cotados para ser vice de Lula. As negociações envolvendo o apoio do PDT e de outros partidos ao PSB nos cinco estados onde os socialistas terão candidatos é uma carta que está na mesa. O PSB lançou como pré-candidatos Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul, Renato Casagrande, que tentará a reeleição no Espírito Santo, Márcio França, em São Paulo, Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, e Geraldo Júlio, em Pernambuco. 


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