Votação do projeto das Fake News gera cenário complexo para Lula

Na véspera do Dia do Trabalhador, neste 1º de maio, marcado por atos e mobilizações em diversos países, o presidente Lula (PT) anunciou o aumento do salário mínimo e da isenção na tabela do Imposto de Renda. O pronunciamento foi feito em cadeia de rádio e televisão na noite de domingo.

O movimento do petista ocorre ainda em meio às articulações e negociações envolvendo a tentativa de votação do projeto das Fake News, que vem gerando amplas polêmicas e duras investidas da oposição.

As interpretações em torno do projeto e dos desdobramentos do texto na prática estão distorcidas e marcadas pelo profundo viés político e pela polarização que não foi amenizada com o fim das eleições presidenciais, pelo contrário.

Lula enfrenta neste terceiro mandato a sua gestão mais desafiadora, com influências dos delicados cenários internacionais, uma sucessão de manifestações equivocadas que poderia ter sido evitada e com uma composição do Congresso Nacional complexa.

A votação da proposta das Fake News será o primeiro termômetro do presidente junto ao Congresso em um cenário nada promissor. Distorções à parte, o texto precisa avançar.

Em nome das liberdades, que sim, têm limites segundo a própria Constituição, a matéria vem sendo rotulada como censura. O argumento, no entanto, não pode ser válido para crimes cometidos na internet como se o ambiente virtual, e manipuladoras empresas bilionárias, estivessem acima da lei.