Cooperativismo de crédito fomenta a economia local
Série de estudos destaca os benefícios do modelo cooperativista para o desenvolvimento econômico local
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As instituições financeiras cooperativas celebram, anualmente em todo o mundo, o Dia
Internacional do Cooperativismo no primeiro sábado do mês de julho. No Brasil, para marcar a data, foi criado, em 2009, o Dia C ou Dia de Cooperar, como também é conhecido o movimento nacional liderado pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) e que visa desenvolver ações de responsabilidade social por meio do voluntariado.
Ciente do protagonismo do cooperativismo no desenvolvimento local, o Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, com presença nacional e mais de 2,4 milhões de associados no Rio Grande do Sul, reforça sua parceria com a sociedade, no campo e na cidade, por meio do fomento à geração de emprego e renda e à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
“Quando colocamos em prática os valores e os princípios do cooperativismo, demonstramos o interesse genuíno que as cooperativas têm no desenvolvimento das localidades onde estão presentes. Apesar de inúmeras ações de voluntariado ocorrerem ao longo do ano, o Dia C é um momento em que somamos esforços em prol de todos e resgatamos os valores cooperativistas”, explica o presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port.
Para reforçara importância do cooperativismo, uma série de estudos do Sicredi, em parceria com importantes instituições, aponta os impactos positivos da atuação das cooperativas para o crescimento econômico local e regional. De acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, com estímulo ao empreendedorismo local, quando comparado a municípios similares sem cooperativas.
Outro benefício do cooperativismo está na possibilidade de estender seus serviços a 1,9 mil municípios que, hoje, são inviáveis às agências bancárias da rede tradicional, onde residem 9,5 milhões de brasileiros, conforme estudo do pesquisador Juliano Assunção, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico. A conclusão é reforçada por pesquisa que indica o cooperativismo de crédito como o principal responsável por atender locais de difícil bancarização.
“Levantamento do Banco Central mostra que, entre os não bancarizados, mais de 30% afirmam que a distância é um fator impeditivo para o uso de serviços bancários. Neste sentido, cabe destacar que no Rio Grande do Sul, em mais de 90 cidades, o Sicredi é a única instituição financeira com presença física, reforçando nosso papel no processo de inclusão financeira da população. A proximidade com os associados nos permite afirmar que a chegada do cooperativismo a regiões sem a oferta de serviços financeiros impacta positivamente toda a região. Isso significa que estar próximo promove a melhoria da vida financeira dos associados”, destaca Port.
