“Mutualismo organizado”: as semelhanças entre cooperativismo e o mercado de seguros
CONTEÚDO PATROCINADO
Correio + Conteúdo

“Mutualismo organizado”: as semelhanças entre cooperativismo e o mercado de seguros

Filho e neto de associados de cooperativas, o vice-presidente da Icatu Seguros, César Saut, aponta a ligação entre os setores e como funciona a relação entre cooperativa e seguros

Correio do Povo

César Saut, vice-presidente da Icatu Seguros

publicidade

“Sou segurador de vida. Meu ativo é entender o tempo, valorizar cada segundo de vida, e tratar de legado e propósito”. Para o vice-presidente da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros, César Saut, o mercado de seguros e o cooperativismo possuem fortes semelhanças a partir daquilo que ele chama de “mutualismo organizado”.

Filho e neto de associados de cooperativas, ele reforça ainda o potencial de complementaridade entre o cooperativismo e o setor de seguros. Para Saut, enquanto um sistema cooperativo atua para desenvolver economicamente um grupo ou sociedade, a seguradora é a responsável por proteger essa sociedade. Tendo iniciado sua atuação profissional em cooperativas, ele explica que o cooperativismo ajudou a moldar sua visão de mundo, aplicando diariamente seus conceitos. Em entrevista ao Correio do Povo, César Saut destacou a importância deste mercado, apontando as semelhanças de ambos, além de explicar a parceria entre a Icatu, empresa seguradora de vida, previdência e capitalização, com o cooperativismo.

Qual a trajetória da Icatu Seguros ao lado do cooperativismo e como o mercado de seguros dialoga com esse sistema?

O sistema cooperativo é uma sociedade de pessoas que se estabelece com mutualismo para o desenvolvimento. Ele é um ente que fomenta o desenvolvimento econômico dessa sociedade. É um mutualismo organizado. A seguradora também é isso, só que não para desenvolver, mas sim para proteger. A seguradora é meio, ela não é fim. Ela representa a confiança de um grupo de pessoas. Aquelas pessoas fazem pequenos depósitos mensais para que, na falta de um, todos estejam protegidos. Então, o sistema cooperativo e a seguradora são entes cuja espinha dorsal está baseada no mesmo princípio: juntar pessoas e desenvolver ou proteger. Somos tão próximos do cooperativismo porque entendemos há cerca de 30 anos que um sistema cooperativo representa uma sociedade e que é um meio maravilhoso para nos comunicarmos com essa sociedade. A Icatu instrumentaliza e o sistema cooperativo distribui, verifica a necessidade e acolhe essa necessidade como oportunidade. Então há uma complementariedade entre Icatu e o sistema cooperativo.

Dado ao histórico do cooperativismo no RS, qual o potencial deste segmento para fomentar o desenvolvimento do Estado para os próximos anos?

O cooperativismo de crédito é um mutualismo organizado que começa aqui porque parte da população é descendente de imigrantes, que vieram para o Brasil com uma ideia do cooperativismo que já estava estabelecida na Europa. E um padre, chamado Theodor Amstad, organiza junto com o grupo de imigrantes uma instituição financeira com o raciocínio de que juntos eles conseguiriam ser mais fortes. Meu pai era associado de uma cooperativa de crédito. Eu comecei minha vida profissional trabalhando dentro do sistema cooperativo. Desde muito cedo eu aprendi o que era a força desse mutualismo. Na Icatu eu consigo pegar esses princípios e valores do cooperativismo e aplicar no meu dia a dia. As duas coisas decorrem da mesma lógica, que é a sociedade protegendo a sociedade e a coletividade sendo mais forte que a individualidade. Na França, o sistema cooperativo tem uma representatividade de mais de 50% do sistema financeiro do país. Esse potencial é irreversível. O cooperativismo vai ocupar um lugar cada vez mais expressivo. Hoje, no Brasil, são mais de 20 milhões de associados em cooperativas. É um sistema que está tomando uma proporção cada vez maior. Tem cooperativa de crédito, de agro, de médico, de serviço. São vários ramos. O cooperativismo não está crescendo de forma silenciosa, mas sim de uma forma muito evidente.

Icatu Seguros e cooperativismo: como funciona esta relação?

A Icatu é uma seguradora especializada em vida e previdência feita por brasileiros e para brasileiros que acolhe mais de 14 milhões de pessoas. Não temos plano B. O plano A da Icatu é o Brasil. Então eu preciso que o Brasil dê certo. Por isso, como seguradora de vida e previdência brasileira, faz todo sentido estarmos próximo do cooperativismo, pois ele nos representa e nos sentimos orgulhosos em representar isso e oferecer produtos e serviços para seus associados. Fazemos produtos com a característica que for necessária, adaptando ao que a cooperativa tiver de oportunidades, com cada valor adequado ao seu risco. Até porque uma das características da seguradora é tratar iguais da mesma forma, com a mesma taxa de seguro dentro de um determinado grupo de pessoas. E essa é a beleza do cooperativismo também. Ele representa muito a sociedade e é irreversível. O cooperativismo é fenômeno mundial que faz parte de um novo modelo de desenvolvimento econômico, ao constituir com a coletividade soluções específicas que atendam às suas próprias necessidades. Por isso, precisamos desenvolver uma solução baseada nesse mutualismo.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895