Agências anti-doping pedem exclusão da Rússia de esportes intenacionais
País é investigado por possível programa nacional que teria beneficiado a mais de mil atletas
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Em um comunicado publicado depois de uma reunião em Dublin, as agências nacionais pediram que a Agência Mundial Anti-doping (AMA) assuma a investigação, atualmente nas mãos do Comitê Olímpico Internacional (COI). A organização apura o possível programa nacional de doping que beneficiou a mais de 1.000 atletas russos, segundo as conclusões de um informe do juiz canadense Richard McLaren.
A Rússia, que nega as acusações, vai organizar o Mundial de futebol de 2018 sob a suspeita de desonestidade esportiva dos últimos anos. As agências que assinaram o comunicado, entre elas Espanha, Alemanha, França e Estados Unidos, admitiram que os atletas russos que passaram por inúmeros testes deveriam poder competir, mas sem bandeira.
"Esperamos que estas propostas ajudem ao esporte superar estes tempos escuros e abrir o caminho para um futuro brilhante", afirma o comunicado. "Mas para isso, temos que ir passo a passo, e uma das condições é que os responsáveis do sistema estatal de doping da Rússia prestem contas", acrescentou o texto.
A Rússia diminuiu a importância da petição. "Não levem a serio essas declarações.Trata-se de um ataque destinado tirar o crédito do esporte russo", denunciou o vice-primeiro ministro russo, Vitali Mutko, segundo a agência R-Sport, citada por Ria Novosti. Quando da origem do escândalo, nos Jogos do Rio 2016 a delegação russa perdeu mais de 100 atletas inscritos por conta da delação feita pela atleta Yulia Stepanova.