Após 23 anos, Ricardo Teixeira deixa a presidência da CBF

O presidente em exercício da CBF, José Maria Marin, anunciou nesta segunda-feira que Ricardo Teixeira deixou, de forma efetiva, a presidência da entidade. Marin afirmou que Teixeira deixou uma carta renunciando ao cargo. Quem assume a vaga é o próprio Marin, que ficará até 2015, ano em que deve ocorrer uma eleição.

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Há 23 anos à frente da CBF, Teixeira teve o nome envolvido em várias denúncias de irregularidades no Brasil e no exterior. Entre outras suspeitas, o cartola estaria envolvido em lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Em 2008, ele teria recebido cerca de R$ 9 milhões da Ailanto para promover o amistoso entre Brasil e Portugal, realizado no Gama (DF).

Teixeira coleciona escândalos e suspeitas de operações fraudulentas e criminosas, desde lavagem de dinheiro à venda ilegal de pacotes turísticos para a Copa no Brasil. Isso irritou a opinião pública e as torcidas, que se organizaram para protestar contra o cartola e pedir sua saída da presidência da CBF.

Como o estatuto da CBF prevê que quem assume a presidência é o vice-presidente mais velho. O cargo passa para José Maria Marin, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), o que virou motivo de ironia da imprensa recentemente por embolsar uma medalha que seria dada aos jogadores do Corinthians, campeões da Copa São Paulo.

Problemas de saúde

Além de uma má fase na CBF, Ricardo Teixeira também enfrenta problemas de saúde. Aos 64 anos, Teixeira possui histórico de problemas cardíacos. Em 2001 e 2004, ele chegou a ser submetido a angioplastias (desobstrução de artérias).