Após vencer coronavírus, presidentes da Dupla Gre-Nal pedem “serenidade” e “respeito às orientações”

Após vencer coronavírus, presidentes da Dupla Gre-Nal pedem “serenidade” e “respeito às orientações”

Marcelo Medeiros e Romildo Bolzan Jr. foram diagnosticados com Covid-19 e já estão recuperados da doença

Gabriel Guedes

A gangorra quebrou e Grêmio e Inter estão igualmente mal dentro e fora de campo

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Além de paralisar o futebol, o coronavírus também atingiu o futebol da dupla Gre-Nal. Os presidentes de Grêmio e Inter, Romildo Bolzan Jr., e Marcelo Medeiros, foram diagnosticados com Covid-19 dias após o primeiro Gre-Nal da história da Libertadores. De maneiras diferentes, os dirigentes da dupla enfrentaram e venceram a doença, pois já encontram-se curados.

Marcelo Medeiros pede serenidade contra temor das pessoas ao coronavírus

No lado colorado do Gre-Nal da Covid-19, o presidente do Inter, Marcelo Medeiros sofreu efeitos mais severos da doença do que o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan. Medeiros também pode ter contraído o vírus na véspera Gre-Nal  da Libertadores da América, em um jantar de confraternização entre os dirigentes dos dois clubes. De perto, a liderança colorada sentiu a força com que o novo coronavírus toma conta do corpo. O primeiro sintoma sentido foi uma forte indisposição. Nos dias seguintes, chegou quase a ser hospitalizado. 

 
Recuperado, ele aproveita a publicidade que o cargo lhe dá para incentivar que as pessoas sigam em suas casas. “Pela publicidade, que o cargo nos dá, as pessoas têm conhecimento da cura. Mas até para não incentivar o descumprimento do isolamento, estou tentando colaborar dentro do possível”, reforça.
 
Medeiros relata que no dia 15 de março, começou a sentir aquela “sensação de gripe”. Depois de uma noite mal dormida, o presidente resolveu ir para um outro apartamento, para ficar longe da mulher e da filha. “Fiquei lá do dia 15 ao dia 31, até que fui liberado pelos dois médicos que me acompanhavam”, conta. O presidente fez o exame no dia 16, depois de relatar os problemas ao médico do Inter. Na sexta-feira, dia 20, saiu o resultado, atestando como positivo para a contaminação.
 
A primeira semana de Covid-19 foi de muita febre, segundo Medeiros. “Também perdi o paladar, perdi o sono, suei demais. E aí, no final da primeira semana, entre domingo e segunda, comecei a ter uma melhora, mas tive uma recaída na terça e quarta-feira. Chegaram a falar em hospitalização”, confessa. “Em nenhum momento senti falta de ar. Sempre tive uma capacidade respiratória muito boa. Não sei se isso é fator de preponderância”, questiona o colorado.
 
Medicado, o presidente se recuperou. “Na semana passada fiz o exame para saber dos anticorpos, e ao que tudo indica, já estou imune”. Livre da doença, Medeiros retribui as mensagens de apoio e solidariedade recebidos no início e quando já estava bem. “A Covid-19 não é uma gripezinha, nem um resfriadinho. Se o seu corpo não estiver preparado, vai tentar te derrubar em 10 ou 20 dias”, alerta. Consciente dos riscos, Medeiros aconselha: “Neste período, em que o futebol parou, a economia parou, eu que sou profissional liberal, trabalho em casa. Isso causa uma inquietação. Isso causa um temor, mas temos que ter serenidade e reconhecer as orientações das autoridade de saúde”, conclui.

Romildo Bolzan teve sintomas leves, mas recomenda que se siga orientações das autoridades 

No Gre-Nal da Covid-19, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan levou a melhor. No dia 22 de março, o tricolor confirmava que a liderança do clube havia contraído a doença. Entretanto, como as reações do organismo ao vírus têm sido as mais diversas nas pessoas, com casos graves e até morte, o de Bolzan foi muito leve. “Eu não tive sintomas, praticamente”, lembra.  

Assim como o colega colorado, Marcelo Medeiros, o presidente gremista pode ter contraído o vírus na véspera do Gre-Nal pela Libertadores da América, em um jantar de confraternização entre os dirigentes dos dois clubes. Mesmo com os poucos sintomas, Bolzan cumpriu a quarentena e faz questão de ressaltar a necessidade de todos seguirem as orientações das autoridades sanitárias.
 
Os sintomas mais clássicos da Covid-19, como tosse, falta de ar, febre e dor de garganta, passaram despercebidos por Bolzan. O que o levou a procurar ajuda, foi a perda do olfato e do paladar. “Uma semana e meia depois do Gre-Nal, levava tudo discretamente, mas em casa já”, conta o presidente, que já tinha conhecimento da situação de outros participantes daquele jantar. Em Osório, no Litoral Norte, onde mora, ele teve material coletado e a análise do laboratório confirmou positivo para Covid-19.
 
O presidente, que tem 60 anos, ampliou o isolamento, até fechar duas semanas em casa. “A esposa ficou no quarto e separamos as louças”, acrescenta. Desta forma, ninguém da família ficou doente, garante Bolzan. O representante Tricolor prefere não elaborar uma teoria sobre o seu caso, de sintomas leves. “Não tenho problemas de saúde. Tive problemas, mas que já foram eliminados. Hoje tenho hipertensão”, revela.
 
Além dele, outros dois dirigentes do Tricolor estiveram com a Covid-19: os integrantes do Conselho de Administração Marco Bobsin e Cláudio Oderich. Presente no mesmo evento, o prefeito Nelson Marchezan Jr. também se isolou preventivamente, mas não havia se contaminado. “É que as reações são diferentes em cada pessoa. Tenho amigos que estão hospitalizados. Eu recomendo absoluta obediência ao que nos é orientado”, aconselha o presidente do Grêmio


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