Blatter renuncia à presidência da Fifa e convoca novas eleições
Suíço toma decisão menos de uma semana após ser reeleito
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O próximo congresso técnico da Fifa está inicialmente marcado para maio de 2016 no México. No entanto, Blatter anunciou no seu pronunciamento que pedirá uma reunião extraordinária para a escolha do novo presidente. A previsão de inicial é de que ocorra entre dezembro de deste ano e março de 2016.
"Os membros da Fifa me reelegeram, mas o mundo do futebol não vem me apoiando, por isso coloco meu cargo à disposição. Ficarei como presidente e vou continuar a exercer a minha função até um novo presidente ser escolhido. O próximo congresso demoraria muito, seria em 2016, no México, por isso vou realizar um congresso extraordinário. Esse procedimento será de acordo com os estatutos. Eu lutei por isso, meus esforços não foram suficientes. Como não posso fazer isso sozinho, pedi a Domenico Scala, do Comitê Executivo, para realizar essas implementações", disse Blatter em seu rápido pronunciamento.
A decisão de Blatter surpreende o mundo do futebol. Logo após as prisões, ocorridas na última quarta-feira, o suíço fez um discurso de repúdio à corrupção e disse não ter motivo para retirar a sua candidatura à reeleição. Reeleito na sexta-feira, ele afirmou que iniciaria o novo mandato para "botar a Fifa novamente no caminho".
Na segunda-feira, o jornal New York Times divulgou a informação de que o secretário-geral da Fifa,Jérôme Valcke, fez transferências bancárias no valor de 10 milhões de dólares para contas controladas por Jack Warner, um dos implicados no escândalo de corrupção na Fifa. Warner era o então vice-presidente da entidade e presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), cargos dos quais foi suspenso em 2011 por suspeitas de corrupção do processo eleitoral que conduziria Joseph Blatter ao seu quarto mandato na presidência da Fifa.
A Fifa admitiu a transferência, mas disse que se tratava de um apoio ao fundo Fundo de Desenvolvimento do Futebol nas Caribe. a entidade também negou responsabilidade do secretário-geral Jérôme Valcke na ação.