Carol Santiago adia sonho de ser mãe e revela que pretende competir nos Jogos de Los Angeles-2028
Nadadora do Grêmio Náutico União é a brasileira com o maior número de medalhas paralímpicas na história

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Dona de seis ouros paralímpicos, dos quais três conquistados em Paris-2024, Carol Santiago consagrou-se nos Jogos de 2024, quando passou a ser a brasileira com mais títulos paralímpicos da história – são seis no total. Aos 39 anos, cogitava-se que abandonaria as piscinas logo depois da Paralimpíada. Nada disso. Na terça-feira, durante a entrega do prêmio Destaques Esportivos, do Grêmio Náutico União (GNU), a nadadora revelou que vai disputar mais um ciclo paralímpico e que pretende estar nos Jogos de Los Angeles-2028.
“Quando voltei, a ideia era encerrar porque eu queria ser mãe. Só que em contato com minha comissão técnica, eles avaliaram que eu tenho total condição de performance daqui quatro anos, até melhor. E me propuseram isso”, revela Carol, ressaltando que a ideia é diminuir o número de provas e focar naquelas em que se sai melhor: como os 50m e os 100m livre e os 100m costas. “E se tiver possibilidade, ajudar o Brasil no revezamento”, completa.
O sonho da maternidade não foi abandonado, é bom que se diga. “Contatei uma ginecologista que trabalha com fertilidade e ela me propôs fazer a fertilização in vitro”, revela, contando que aproveitou os dias de folga do final do ano para dar os primeiros passos neste sentido.
O ritmo de trabalho, no entanto, será retomado logo em seguida. Até mesmo porque Carol já foca em um novo objetivo dentro das piscinas: o Mundial de Natação Paralímpica, que acontece em Singapura entre os dias 21 e 27 de setembro do ano que vem. Para quem já conquistou tudo e mais um pouco, pode ser difícil encontrar motivação. Não para a paratleta pernambucana, que compete pelo GNU. “Eu só me preocupo com performance. O que me motiva é a possibilidade de ser melhor do que eu já fui, de ter uma performance de excelência”, justifica Carol.