Comissão de Ética da Fifa arquiva ''caso Infantino''

Comissão de Ética da Fifa arquiva ''caso Infantino''

Caso foi aberto no final de julho, mas optou por fechar a investigação por falta de provas

AFP

Gianni Infantino vai ao velório acompanhado de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

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A Comissão de Ética da Fifa, após ter aberto uma investigação preliminar, decidiu "arquivar o caso" sobre o presidente da entidade que rege o futebol mundial, Gianni Infantino, ainda em processo penal na Suíça desde o final de julho, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira. 

"Depois de examinar a documentação e as provas pertinentes", o presidente da câmara de investigação do comitê de ética decidiu "encerrar o caso devido à óbvia ausência de provas sobre qualquer violação do código de ética", divulgou a Fifa. 

A Comissão de Ética da Fifa abriu uma auditoria no dia 3 de agosto passado sobre a conduta do presidente que é investigado na justiça da Suíça por "abuso de autoridade", "violação do sigilo de função" e "obstrução da ação criminal".

Este caso, conhecido como Fifagate, também envolve o do procurador-geral suíço Michael Lauber, questionado por sua gestão do processo de investigaçã e suspeito de conluio com Infantino.

Lauber, então responsável pela investigação sobre o Fifagate, e Infantino, se encontraram de forma informal em várias ocasiões em 2016 e 2017, o que provocou dúvidas sobre um eventual conluio. 

O procurador Stefan Keller, nomeado no fim de junho para examinar as denúncias penais apresentadas contra Lauber e Infantino, pediu a retirada da imunidade do primeiro para também ter condições de iniciar um processo contra ele. 

Ele concluiu que "existem elementos que constituem um comportamento questionável" após um dos encontros entre Michael Lauber, o presidente da FifA e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold. 

O Fifagate começou com a operação da polícia de Zurique contra dirigentes da Fifa no hotel Baur au Lac em 2015. Na ocasião, a entidade era presidida por Sepp Blatter. 

Mais de 40 pessoas foram indiciadas até o momento pela justiça americana no "Fifagate", que revelou um vasto sistema de corrupção. 

Na Suíça, mais de 20 processos relacionados com a Fifa foram abertos nos últimos cinco anos. 

A Fifa assegurou em um comunicado emitido no início de agosto que Infantino nunca ocultou as reuniões que teve com Lauber e criticou os procedimentos da justiça suíça. 

"Não houve e não há absolutamente nenhuma razão para iniciar uma investigação, porque nada de criminoso ou remotamente ocorreu. Não há nenhuma evidência concreta de qualquer tipo de crime", concluiu a Fifa em seu comunicado. 

Nos últimos anos, a Comissão de Ética da Fifa emitiu várias suspensões provisórias contra ex-líderes de alto escalão da instância envolvidos em processos judiciais. 

Assim, em 2015, o ex-presidente da entidade máxima do futebol, Sepp Blatter, e o então presidente da Uefa, Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por três meses, alguns dias depois de testemunharem no âmbito de uma investigação da justiça suíça sobre pagamento de 2 milhões de francos suíços (2,1 milhões dólares), sem contrato por escrito, à Platini, supostamente por trabalhos de consultoria que haviam terminado em 2002. Blatter foi suspenso por seis anos e Platini por quatro. 

O ex-secretário geral da Fifa Jérôme Valcke, suspeito de envolvimento em uma questão de revenda de ingressos na Copa do Mundo de 2014, foi suspenso por um período de 10 anos. 


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