Conmebol firma parceria com organização para combater racismo no futebol sul-americano

Conmebol firma parceria com organização para combater racismo no futebol sul-americano

De acordo com a confederação, o Observatório prestará assessoria técnica para consolidar uma "política de diversidade aplicada às competições"

AE

Sede da Conmebol em Luque, no Paraguai

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A Conmebol anunciou nesta quinta-feira que firmou uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, organização brasileira dedicada a alertar e conscientizar sobre o racismo no universo futebolístico. A iniciativa é uma resposta à pressão que a entidade vem sofrendo diante da falta de soluções para coibir comportamentos racistas em jogos das principais competições sul-americanas.

"Temos trabalhado para consolidar espaços livres de qualquer tipo de violência, minimizar qualquer expressão de racismo e discriminação no futebol da América do Sul e defender os valores positivos que são a base deste esporte. Essa aliança, sem dúvida, nos dará mais e melhores ferramentas para continuar avançando esses objetivos e levantando nossa voz, conscientizando e focando corretamente nossas iniciativas para enfrentar esse desafio", afirmou Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol.

De acordo com a confederação, o Observatório prestará assessoria técnica para consolidar uma "política de diversidade aplicada às competições", levando em conta outros tipos de discriminação além do racismo. Também foi prometido um plano de alfabetização racial e de diversidade para funcionários da entidade e auxílio em campanhas de conscientização.

"Estamos muito satisfeitos em iniciar essa parceria com a Conmebol e unir forças para gerar maior inclusão social e eliminar a violência e a discriminação racial do esporte. Estamos otimistas de que os resultados serão alcançados, com ações importantes e continuas", disse Marcelo Carvalho, fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

A ocorrência de casos de racismo em competições organizadas pela Conmebol é frequente, e os brasileiros são as principais vítimas. Um dos casos mais marcantes deste ano ocorreu na Neo Química Arena, durante duelo entre Corinthians e Universitario, do Peru. O uruguaio Sebastian Avellino, preparador físico do clube peruano, fez gestos imitando um macaco em direção aos torcedores corintianos e chegou a ficar alguns dias preso por racismo em São Paulo. A Conmebol não aplicou nenhuma sanção de imediato, mas, na semana passada, anunciou suspensão de dez partidas para o profissional.


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