Algoz da Holanda em 78, Kempes crê em título espanhol

Ao marcar dois gols na final da Copa do Mundo da Argentina, em 1978, no estádio Monumental de Núñez, contra a Holanda, o centroavante Mario Kempes se transformou em um ídolo em seu país. Hoje, prestes a comentar a final do Mundial de 2010 para uma rádio, o ex-artilheiro do Valencia acredita que a Espanha é a favorita ao título na África do Sul.

Em entrevista ao site da Fifa, publicada neste sábado, o ex-jogador argentino também falou sobre quem vai conquistar a Chuteira de Ouro. "Acho que o prêmio será dado ao jogador da seleção campeã, como costuma acontecer. Os dois são grandes atletas, mas atuam em posições diferentes. Sneijder chega mais a partir do meio-campo e Villa se movimenta muito bem por todo o setor ofensivo. A Espanha depende dele, enquanto a Holanda conta com outras opções para marcar gols", analisou.

Por conhecer o ambiente futebolístico espanhol, Kempes crê em um equilíbrio entre as duas seleções. "Será um jogo aberto". Contudo, segundo ele, a Espanha tem jogadores com um excelente nível técnico. "Eles (espanhóis) se defendem bem e mantêm a posse de bola. É uma grande seleção. No entanto, não podemos esquecer de que se trata de uma final e nessa situação há um ingrediente extra: a adrenalina. Nesse contexto, não importa tanto quem foi melhor até agora. A Espanha tem uma pequena vantagem, mas veremos dentro de campo o que acontecerá.

Sobre os holandeses, Kempes afirmou que "eles dependem mais das individualidades do que do jogo coletivo, com (Arjen) Robben e (Dirk) Kuyt no ataque, (Wesley) Sneijder na criação e (Mark) van Bommel e (Nigel) de Jong na marcação no meio-campo, onde cortam tudo o que passa por eles. Não é à toa que acumulam 25 jogos sem derrotas, alguma coisa de positivo eles devem ter. Trabalharam bem e demonstraram ser um conjunto com personalidade e generosidade", disse.

Por fim, Mario Kempes afirmou que Villa faz um grande Mundial e, além disso, "a entrada de Pedro deu uma nova fisionomia ao conjunto, além de mais velocidade e vibração. Ele ocupa bem os espaços e leva perigo, será uma peça importante. O fundamental é que a Espanha nunca renunciará ao estilo de jogo que adotou já faz dois anos", asseverou o ex-jogador da seleção argentina, que arriscou o palpite: "a Espanha ganhará por 3 a 1".