Anelka critica Domenech por não cumprimentar Parreira

A participação francesa na Copa do Mundo ainda rende polêmica. Nesta quinta-feira, o atacante Anelka voltou a criticar o técnico Raymond Domenech por seu comportamento no Mundial, inclusive ao não cumprimentar o treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira após a partida diante da África do Sul. "É o técnico (e não os jogadores) que deveria estar envergonhado depois de se recusar, em frente ao mundo todo, a apertar a mão do técnico da África do Sul", declarou Anelka.

Na ocasião, após a vitória da África do Sul sobre a França - resultado que eliminou as duas seleções da Copa -, Parreira deixou o banco de reservas para cumprimentar Domenech, que se recusou a estender a mão ao brasileiro, alegando que havia sido criticado pelo mesmo antes do Mundial.

Anelka ainda explicou o motivo da briga com Domenech, no intervalo da derrota por 2 a 0 para o México, que culminou com a sua exclusão da seleção francesa. "Minha maior revolta era porque não tive a chance de atuar na minha posição. Se ele queria um jogador que ficasse quieto não deveria ter me chamado. Foi um erro em sua convocação", declarou o atacante.

"Eu não tenho respeito por ''kamikazes''. Se o Domenech queria se matar deveria ter feito isso sozinho, não levando todos", completou Anelka, que admitiu a discussão que teve com o treinador, mas desmentiu o jornal francês L''Equipe, que estampou em sua capa os supostos xingamentos ditos por ele. "Eu queria ver o Domenech confessar para o mundo todo que eu não usei aquelas palavras. Eu queria que ele tivesse a honestidade de dizer isso para todos e para a mãe dele também."

Em protesto contra a exclusão de Anelka, os demais jogadores da seleção francesa chegaram a se recusar a treinar, o que agravou ainda mais o ambiente já desgastado pela péssima campanha na Copa. Diante de tanta polêmica e dos resultados negativos, Domenech perdeu o emprego depois do Mundial.