Jefferson e Victor lideram processo de renovação no gol do Brasil
Julio Cesar disse que Copa de 2014 foi a última da carreira
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Julio Cesar, o atual dono da meta do Brasil, ainda não oficializou a saída definitiva da Seleção, mas já avisou que a competição no Brasil foi a última da carreira. Em setembro, ele completará 35 anos e chegaria ao próximo Mundial perto dos 40. A atual idade do titular será a mesma dos dois suplentes no ano da Copa em território russo.
Além da maturidade, a experiência do primeiro Mundial este ano pode ser um fator preponderante para que os goleiros de Botafogo e Atlético-MG liderem o processo de sucessão de Julio Cesar no gol do Brasil. "Sem dúvida, chegou a nossa hora. Tivemos muita experiência nessa Copa, eu e o Victor. Estamos muito mais maduro para a Copa de 2018", disse Jefferson, o reserva imediato de Julio no Mundial.
Victor, apesar de ter disputado a Copa na condição de terceiro goleiro, também compactua da opinião do atual concorrente e acredita que poderá estar entre as opções para a próxima Copa. "Temos quatro anos até a próxima Copa, vamos procurar nos manter bem. Mas com certeza ganhamos experiência por ter vivenciado esse torneio", comentou o jogador.
Sem citar nomes, Julio Cesar não dá respaldo apenas para os atuais companheiros na Seleção como também elogia a atual geração de goleiros do Brasil e prevê uma disputa acirrada para os três nomes que defenderão da Seleção na Rússia. "Acho que a safra de goleiros brasileiros é muito boa. Com certeza, se o Felipão continuar ou entrar outro treinador, vão ter seis, sete nomes ou oito nomes para servirem à Seleção Brasileira tranquilamente", apostou Julio Cesar.
Felipão só testou quatro goleiros
Desde que assumiu o comando da Seleção Brasileira, em fevereiro do ano passado, o técnico Luiz Felipe Scolari restringiu a disputa no gol apenas a quatro nomes. Além de ter mantido os quatro goleiros que já haviam sido testados por Mano Menezes, Felipão bancou a titularidade de Julio Cesar, minimizando a falha dele no Mundial de 2010, quando o Brasil caiu nas quartas de final para a Holanda.
Na Copa das Confederações de 2013, o comandante do Brasil optou por levar Diego Cavalieri, além de Julio Cesar e Jefferson. A única mudança para o Mundial deste ano foi a troca do goleiro do Fluminense por Victor.
Gomes e Doni, reservas de Julio Cesar na Copa da África do Sul, em 2010, com Dunga, jamais tiveram uma nova oportunidade com Felipão. Mano Menezes, o antecessor do técnico, chegou também a dar algumas chances a Diego Alves. Apesar disso, a Copa América de 2011, os escolhidos por ele para o torneio foram Julio e Cesar Victor.