Escândalo da Fifa é pauta na reunião do COI
Thomas Bach disse que as prisões de dirigentes são "dolorosas, porém necessárias"
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Bach se referia ao escândalo que sacudiu o COI ao revelar a compra de votos durante o processo de escolha de Salt Lake City, nos Estados Unidos, como sede dos Jogos Olímpicos de inverno em2002, um caso similar ao ocorrido na Fifa, após as escolhas de Rússia e Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.
O mandatário do movimento olímpico, contudo, afirmou que os dois casos são incomparáveis, já que a Copa do Mundo seria um evento de "maior dimensão". Bach, que participou há uma semana da inauguração do congresso da Fifa, em Zurique, insistiu na necessidade de dar a ambas as entidades uma "maior transparência" e encarar as reformas.
Blatter, presidente da Fifa que renunciou ao cargo na semana passada, é membro do COI, mas não estará presente na terça-feira, durante as apresentações das candidaturas de Pequim, na China, e Almaty, no Cazaquistão, como possíveis sedes para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. O COI anunciará a sede dos Jogos de Inverno de 2022 em julho, durante um congresso da entidade em Kuala Lumpur, na Malásia.
Novas modalidades em Pyeongchang 2018
Antes, nesta segunda-feira, o COI anunciou várias mudanças no programa olímpico dos Jogos de Inverno. Respeitando o objetivo de dar mais espaço a modalidades cada vez mais espetaculares, no intuito de popularizar o evento, o programa olímpico de Pyeongchang-2018 terá novidades: esqui por equipes, 'big-air' versão snowboard, uma prova de patinação de velocidade em "mass-start" (homens e mulheres) e um torneio de curling duplas-mistas. O 'big-air' é uma rampa gigante de neve, utilizada tanto pelo esqui como pelo snowboard, com a qual os participantes realizam manobras acrobáticas no ar.
O COI afirmou que as mudanças possibilitam "um número recorde de provas femininas e mistas e uma participação recorde de atletas femininas". "As mudanças refletem a evolução continua do programa dos Jogos de Inverno e se baseiam nas reformas apontadas na Agenda-2020, que busca dotar de maior flexibilidade o programa olímpico", continuou. Por outro lado, a organização dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 em Tóquio anunciou que gastará apenas 1,7 bilhão de dólares, graças ao uso de instalações pré-existentes na cidade.