Estátua gigante de Blatter será queimada em tradicional celebração inglesa
Dirigente suíço foi escolhido como personalidade a ser retratada no evento deste ano da Edenbridge Bonfire Society
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O dirigente suíço acabou sendo escolhido como personalidade a ser retratada na estátua produzida para o evento deste ano da Edenbridge Bonfire Society, que nos últimos anos vem elegendo nomes do cenário mundial que se destacaram de forma negativa no ano da celebração do evento.
A estátua de Blatter tem 11 metros de altura e retrata o cartola de terno e gravata com uma bolsa cheio de dinheiro, na qual foi estampada o nome da Fifa, assim como traz também o suíço carregando uma bola e a taça dada ao campeão da Copa do Mundo. O objeto precisou da ajuda de um trator para ser colocado de pé nesta quarta-feira, quando foram dados os últimos retoques no mesmo, apesar do fato de que a "obra de arte" será explodida e queimada neste sábado.
Na celebração deste sábado será comemorado mais uma vez o sucesso de uma operação que evitou um atentado do fervoroso católico Guy Fawkes contra o Parlamento e o rei da Inglaterra, em 1605. O evento serve para festejar a prisão de Fawkes, ocorrida quando o mesmo iria detonar uma enorme quantidade de explosivos aproveitando a presença do rei protestante Jacobo I em Edenbridge.
A festa geralmente consiste em queimar a estátua do conspirador católico, que acabou sendo preso, torturado e se suicidou antes que fosse executado, mas nos últimos anos se tornou moda também erguer a estátua de outra personalidade famosa para também arder na fogueira acesa pelos organizadores. Primero-ministros como Tony Blair e Gordon Brown e o ex-presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Durao Barroso, que também foi primeiro-ministro de Portugal, estiveram entre as vítimas da celebração.
Ao comentar o fato de que a estátua do dirigente suíço será queimada neste sábado, Charles Laver, um dos organizadores do evento, disse que "Blatter era a escolha mais óbvia", depois de renunciar à presidência da Fifa poucos dias depois de ter sido reeleito, no fim de maio.
Naquela ocasião, o cartola se viu pressionado a sair depois que uma grande operação policial realizada em conjunto entre as polícias dos Estados Unidos e da Suíça provocou a prisão de uma série de ex-dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que acaba de ser extraditado para Nova York após ficar mais de cinco meses preso em solo suíço.