Estados Unidos negam ter pressionado Blatter

Os Estados Unidos não pressionaram Joseph Blatter para renunciar ao cargo de presidente da Fifa, afirmou nesta terça-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf. Quando foi perguntada sobre uma possível pressão do país, a porta-voz começou a rir, antes de responder, com clareza: "não". "O governo dos Estados Unidos não está em posição de decidir quem é o presidente da Fifa", explicou Harf.

• Leia mais sobre a Crise na Fifa

Blatter, de 79 anos, anunciou nesta terça-feira sua intenção de entregar o cargo que ocupa desde 1998 quando será realizado um novo congresso eleitoral, até março de 2016, em meio ao enorme escândalo de corrupção que abala a entidade. A renúncia do suíço ocorreu poucas horas depois de o jornal The New York Times acusar seu braço direito, o secretário-geral Jerôme Valcke, de ter efetuado o pagamento de propina de 10 milhões dólares numa conta do ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, para garantir seu voto na escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.

Após renúncia, Justiça Suíça descarta ouvir Blatter imediatamente

Após o anúncio da renúncia de Blatter, a Procuradoria Geral da suíça afirmou que isso "não tem incidência sobre o processo penal" movido pelo Ministério Público do país. Segundo o porta-voz da Procuradoria Geral, André Marty, "o presidente da Fifa não será interrogado neste momento" da investigação, mas “poderá ser no futuro”, caso seja necessário.