Gaúcha vence a 38ª Maratona Internacional de Porto Alegre
Marlei Willers, de Morro Reuter, ficou com o título da prova. No Masculino, vitória foi do Quênia
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Para delírio do público, o título feminino da 38ª Maratona Internacional de Porto Alegre, disputada neste domingo, em Porto Alegre, ficou em casa. Com uma arrancada nos últimos quilômetros, a gaúcha Marlei Willers completou os 42 quilômetros da prova com o tempo de 2h41m06s. No masculino, a vitória foi do queniano Vestus Chemjor, com 2h15m34s.
A movimentação na região do Barra Shopping Sul, onde aconteceu a largada, ao som de "Chariots of Fire", às 7h, foi intensa desde bem antes. Por volta das 5h30min, o número de atletas e familiares circulando por entre as diversas tendas das equipes chamava a atenção. A quantidade de corredores era tamanha que foram mais de sete minutos de gente passando pela linha inicial até que todos tivessem largado.
Enquanto no masculino, o domínio queniano imperou quase que o tempo todo, no feminino, o Brasil surpreendeu. A queniana Vivian Kiplagat tomou para si a liderança desde o início e parecia se encaminhar para uma vitória tranquila. No entanto, a partir do quilômetro 32, a gaúcha Marlei Willers, de Morro Reuteur, ultrapassou e correu para o título, fechando a prova em 2h41m06. "Eu vi que ela diminuiu o ritmo e aí resolvi arriscar", disse a campeã, que comemorou muito com a torcida a conquista. "Tem um gostinho muito especial ganhar em casa, fazia muito tempo que uma gaúcha não vencia a prova", completa.
Vestus Chemjor terminou a prova com 2h15m34s | Foto: Maria Eduarda Fortes
No masculino, ao cruzar os primeiros 10 quilômetros, a liderança era do brasileiro Wellington Bezerra. No entanto, não demorou muito para que o favoritismo dos africanos se impusesse. Quando a prova retornou à região da largada, desta vez em direção ao Centro, a dianteira já era do queniano Vestus Chemjor. Dali em diante, com um ritmo que se manteve quase sempre acima dos 3km/h, foi ficando mais evidente que o lugar mais alto do pódio seria dele.
É bem verdade que quando o atleta passou pela avenida Aureliano Figueiredo Pinto, a vantagem diminuiu um pouco. A emoção, contudo, foi breve e antes da Maratona tomar as ruas da avenida Erico Veríssimo, a distância para o segundo lugar já havia aumentado novamente.
A expectativa de quebra de recorde acabou não se confirmando a partir da reta final, muito em função do aumento da temperatura a partir das 8h30min. O título, porém, estava garantido. "Quando o sol começou a ficar mais forte, passei a controlar melhor a prova por causa do calor. Mas terminar na faixa de 2h15min estava bom", comentou o campeão.
