O revés diante do Atlético-MG é página virada. O foco agora é total para o clássico Gre-Nal de sábado, às 19h, no Beira-Rio. O elenco do Grêmio permaneceu em Belo Horizonte para o treino desta quinta-feira, na Toca da Raposa II, casa do Cruzeiro. O retorno a Porto Alegre está previsto para as 15h.
A atividade da manhã foi para quem não atuou ou participou pouco do jogo. O treino foi dedicado a trabalhos de passes, com campo demarcado, enfrentamento 4x4, com coringas por dentro. Depois, a comissão técnica orientou o elenco em trabalho de ataque contra defesa, condução, ultrapassagem e finalização.
A boa notícia para o Tricolor é que o técnico Vagner Mancini não terá desfalques para montar o time que vai a campo contra o Inter. Kannemann e Jean Pyerre voltam de suspensão. A tendência é que o argentino retome o seu posto na zaga ao lado de Geromel e Mancini repita o esquema da trinca de volantes com Villasanti, Thiago Santos e Lucas Silva. Porém, o próprio comandante gremista afirmou na coletiva após a derrota no Mineirão que o Grêmio ainda não possui um “time base” para repetir as escalações.
O Grêmio ingressou na reta final do campeonato, com apenas dez jogos restantes e com a obrigação de conquistar seis vitórias. A missão de conquistar 18 pontos de 30 a serem disputados adquiriu ares de milagre, principalmente porque o grupo, em 28 partidas, acumulou apenas sete vitórias, desperdiçou seis chances de deixar o Z4 e agora amarga a 19ª posição, com 26 pontos.
Salto no emocional e retorno às vitórias
Após observar uma evolução no aspecto emocional, Vagner Mancini acredita que o Grêmio poderá nas próximas rodadas do Brasileirão dar um salto necessário para finalmente voltar a vencer e começar a encaminhar uma eventual saída da zona de rebaixamento. O discurso otimista do comandante está fundamentado na apresentação do Tricolor diante do Atlético-MG, uma equipe classificada como "poderosa" por Mancini.
"Enfrentamos o líder do campeonato, em igualdade de condições, mas isso não foi suficiente. Precisamos melhorar ainda mais. Foi um jogo tenso, estádio cheio, atmosfera diferente. Não tivemos oscilações. O desempenho foi superior ao que tinhamos visto até então. O Grêmio começa a ter a cara do que eu imagino. Marcação mais pressão, para que se jogue com transição, saída de contragolpe. Nesse quesito, nos vi superior aos outros jogos. Falta ainda, mas avançamos", explicou.
Correio do Povo